Na sessão, na qual es­ti­veram pre­sentes os pre­si­dentes das duas au­tar­quias e da Fun­dação José Sa­ra­mago, o editor da Vér­tice, Fran­cisco Melo, re­alçou que este nú­mero es­pe­cí­fico «vem en­ri­quecer a con­tri­buição que temos dado nas pá­ginas da re­vista à di­vul­gação e es­tudo da obra de José Sa­ra­mago». Com os agora pu­bli­cados, as­cendem a três de­zenas os ar­tigos sobre este tema. «É um pa­tri­mónio que deve ser va­lo­ri­zado», sa­li­entou.

Fran­cisco Melo apro­veitou a oca­sião para lem­brar que a Vér­tice, na sua se­gunda série de pu­bli­cação (ini­ciada em 1988), pôde contar com apoios ins­ti­tu­ci­o­nais que «su­priam a falta de ou­tras fontes de fi­nan­ci­a­mento» de que se ali­mentam ou­tros tipos de pu­bli­ca­ções. Hoje, esses apoios foram-se «na vo­ragem de um ca­pi­ta­lismo ne­o­li­beral não só acé­falo mas mi­li­tan­te­mente an­ti­cul­tural». Graças ao apoio das câ­maras do Bar­reiro e da Moita, este nú­mero foi pos­sível, agra­deceu o editor da re­vista. A Vér­tice foi criada em 1942, sendo uma das mais an­tigas re­vistas por­tu­guesas.