«Terceiro mundo»

Só quatro por cento dos novos fármacos lançados entre 2000 e 2011 responde às necessidades dos países mais pobres do planeta. Para as quase 60 doenças consideradas erradicadas ou pouco ou nada prevalecentes nos países desenvolvidos, mas que matam anualmente dezenas de milhões de seres humanos, as multinacionais que dominam o sector só desenvolveram 37 medicamentos ou vacinas.

Por contraste, para as enfermidades do «primeiro mundo» foram aprovados 850 fármacos, revela uma pesquisa elaborada pelas organizações Doenças Esquecidas e Médicos Sem Fronteiras, com a colaboração da Organização Mundial de Saúde.

No estudo, publicado na reputada revista The Lancet Global Health, alerta-se ainda que nas nações do chamado «terceiro mundo» muitos doentes são tratados com químicos ultrapassados, os quais, em muitos casos, funcionam como «autênticos venenos», bem como para o facto de os registos dos ensaios clínicos mais recentes mostrarem que tal tendência não está a ser alterada.

O relatório afirma igualmente que o fundamental do investimento em investigação e desenvolvimento na indústria farmacêutica é suportado pelo financiamento público (54 por cento do total), ao passo que o sector privado é responsável por 23 por cento do total, e entidades sem fins lucrativos e de natureza mista subsidiam os restantes 23 por cento.



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