Na resolução que aprovou em Julho de 2012 sobre o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, o Comité Central do Partido assumia como um dos objectivos das comemorações a sua projecção na sociedade portuguesa, muito para além das fronteiras do espaço partidário. Agora que estas comemorações estão prestes a chegar ao fim, é evidente que este objectivo foi plenamente cumprido, com a realização de um vasto conjunto de iniciativas que tiveram um grande impacto público e expressão de massas.

Entre as que tiveram um âmbito nacional, destacam-se a abertura das comemorações, a sessão cultural evocativa, a exposição de Lisboa e do Porto, a Festa do Avante! e o grande comício realizado no próprio dia em que se assinalava o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal, e que ficará na memória de todos quantos nele tiveram a oportunidade e o privilégio de participar. Com todas estas realizações – e muitas outras – afirmou-se não apenas o papel de Álvaro Cunhal na história nacional (e não só), como o projecto do Partido que, como ninguém, contribuiu para construir e moldar.

Em todas estas acções participaram milhares de pessoas, militantes do Partido e muitos outros que o não são, que não só ficaram a conhecer melhor a vida, o pensamento e a luta de Álvaro Cunhal como do próprio colectivo partidário comunista, em que sempre mas sempre inseriu a sua acção revolucionária. E foi precisamente este colectivo partidário o grande responsável pelo êxito destas comemorações e da abrangência que assumiram – mobilizando, participando e assegurando o funcionamento das diversas iniciativas.

Evocando uma personalidade histórica ímpar, estas não foram comemorações voltadas para o passado, de carácter saudosista. Pelo contrário, partiram de um percurso de vida e de combate exemplar, coerente e corajoso, projectaram-no na actualidade e no futuro. Um futuro que, com a luta dos trabalhadores e do povo, incorporará a acção revolucionária de Álvaro Cunhal e o seu legado teórico e prático.