Problemas agravam-se
Segundo a Comissão de Utentes de Saúde de Aveiro, é nos «períodos de maior afluxo às urgências do Hospital Infante D. Pedro» que mais se evidenciam os problemas, que se mantêm «sem solução à vista».
Entre outros destaca-se a falta de médicos, designadamente de especialistas de medicina interna, o que «compromete a qualidade do serviço e até a segurança dos utentes, na medida em que, segundo informações que nos chegam, nem sempre as escalas são preenchidas de acordo com todas as normas regulamentares».
Para agravar a situação, lê-se numa nota de imprensa, «a gestão das disponibilidades de camas para internamento nos diversos serviços estará a ser feita de forma completamente desastrada, com enormes prejuízos para os utentes e profissionais. «Aliando a falta de médicos, a exiguidade do espaço onde funciona o serviço de urgência e a manifesta falta de camas de internamento, facilmente se explica o facto de termos, como foi denunciado recentemente pelo bastonário da ordem dos médicos, doentes em macas à espera de internamento durante três a seis dias», denuncia a Comissão de Utentes de Saúde de Aveiro, que apela «à tomada de medidas imediatas que ponham termo a este lamentável espectáculo que deveria fazer corar de vergonha qualquer responsável pela política de saúde em Portugal».