Tunísia

Três anos de frustração

A As­sem­bleia Cons­ti­tuinte (AC) tu­ni­sina de­veria aprovar, an­te­ontem, o novo texto fun­da­mental, jus­ta­mente quando se cum­prem três anos sobre o der­rube de Ben Ali. A meta avi­zi­nhava-se, no en­tanto, di­fícil de al­cançar, já que os de­pu­tados es­tavam de acordo quanto aos termos da no­me­ação dos ma­gis­trados, facto que, a se­mana pas­sada, es­teve na base de uma greve dos juízes, re­vol­tados com o que con­si­deram ma­no­bras para ma­ni­pular a Jus­tiça. Pe­ri­cli­tante es­tava, ainda, o acordo de dois terços dos eleitos quanto às com­pe­tên­cias da AC re­la­ti­va­mente ao pe­ríodo de tran­sição até às pró­ximas elei­ções, pre­vistas para este ano.

Quinta-feira, 9, o pri­meiro-mi­nistro Ali La­rayedh con­firmou a sua de­missão, abrindo passo a um go­verno li­de­rado por Mehdi Jomaa, o que re­sultou de um acordo entre o par­tido is­la­mita, no poder, e as for­ma­ções opo­si­toras, pro­mo­vido pela cen­tral sin­dical UGTT para pôr fim à crise po­lí­tica que se ar­ras­tava desde o Verão do ano pas­sado.

Dois dias antes, em Kas­se­rine, no centro Oeste, po­pu­lares ata­caram a es­quadra da po­lícia da ci­dade de Thala em pro­testo contra a mi­séria e o sub­de­sen­vol­vi­mento, epi­sódio se­me­lhante aos que se têm ve­ri­fi­cado nou­tras re­giões po­bres da Tu­nísia e que ilus­tram a frus­tração cres­cente para com o curso do país.



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