ACR homenageia Ary dos Santos

Uma sessão memorável

O Au­di­tório Mu­ni­cipal de Gaia foi pe­queno para todos quantos qui­seram estar pre­sentes, sexta-feira, na ho­me­nagem a José Carlos Ary dos Santos, o «Poeta da Re­vo­lução».

Ary foi um tro­vador do nosso tempo

O es­pec­tá­culo, pro­mo­vido pelo Nú­cleo do Porto da As­so­ci­ação Con­quistas da Re­vo­lução (ACR), que assim inicia as suas ac­ti­vi­dades, teve grande qua­li­dade, como trans­pa­receu nos aplausos de um pú­blico emo­ci­o­nado e par­ti­ci­pa­tivo.

Após as in­ter­ven­ções ini­ciais, a cargo do Co­man­dante Ma­nuel Be­gonha, pre­si­dente da ACR, e de Jorge Sa­ra­bando, do Nú­cleo do Porto, o mo­mento foi cons­truído a partir da lei­tura do texto poé­tico de Ary dos Santos «As portas que Abril abriu», pelos de­cla­ma­dores Carmen Santos e Fer­nando Ta­vares Mar­ques. Na ini­ci­a­tiva ac­tu­aram o Coral de Le­tras da Uni­ver­si­dade do Porto, di­ri­gido pelo Ma­estro José Luís Borges Co­elho, tendo ao piano Fausto Neves, Ma­nuel Freire, Sa­muel e Luísa Basto, acom­pa­nhados pelo pi­a­nista Nuno Ta­vares.

Na sessão foram re­me­mo­rados os grandes mo­mentos da luta contra a di­ta­dura e que im­pul­si­o­naram as con­quistas de­mo­crá­ticas do 25 de Abril, com textos e mú­sicas que não têm idade, pois con­ti­nuam a des­pertar a en­tu­siás­tica adesão de quem os es­cuta.

Como foi dito por um dos par­ti­ci­pantes, «Ary foi um tro­vador do nosso tempo. Cantou as flores de Abril e a força de Maio, contou em versos in­can­des­centes a con­dição hu­mana. Os seus po­emas chegam até nós porque têm asas para voar. Nin­guém como ele cantou o povo em mo­vi­mento como ope­rário da His­tória, na sua voz e nas suas pa­la­vras podem ler-se os si­nais mais pe­renes da re­sis­tência e das jor­nadas li­ber­ta­doras do 25 de Abril.»

As con­quistas de Abril não são um tema sau­do­sista, su­bli­nhou-se, pois «re­pre­sentam o mais só­lido ali­cerce dos di­reitos po­lí­ticos, eco­nó­micos, so­ciais e cul­tu­rais que ao longo de mais de três dé­cadas têm vindo a ser di­mi­nuídos mas sem os quais não há ver­da­deira de­mo­cracia».

Com todos os ar­tistas em palco, a voz e o rosto de Ary pre­sentes, os longos aplausos con­fun­diram-se com o grito es­pon­tâneo «25 de Abril sempre, fas­cismo nunca mais».



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