Políticas erradas de ordenamento e de ambiente

Aumentam os riscos para as populações

O Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» está muito pre­o­cu­pado, mas não sur­pre­en­dido, com os es­tragos de­cor­rentes do mau tempo e da tem­pes­tade ma­rí­tima que as­solou a orla cos­teira de Por­tugal con­ti­nental e ilhas, co­lo­cando áreas po­pu­la­ci­o­nais em pe­rigo.

Exigem-se me­didas de pro­tecção às po­pu­la­ções em pe­rigo

LUSA

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«Há longos anos que os es­pe­ci­a­listas e os eco­lo­gistas têm aler­tado para as con­sequên­cias e riscos das al­te­ra­ções cli­má­ticas, no­me­a­da­mente para o agra­va­mento das con­di­ções cli­ma­té­ricas ex­tremas e para a su­bida do nível das águas do mar, sobre a orla cos­teira», sa­li­enta, em nota de im­prensa, o PEV, que acusa os su­ces­sivos go­vernos, com as suas po­lí­ticas de terem dei­xado «a nossa costa ainda mais vul­ne­rável».

Exemplo disso é a des­truição de ar­ribas e zonas du­nares – si­tu­ação que os Planos de Or­de­na­mento da Orla Cos­teira (POOC) não mos­traram ca­pa­ci­dade de re­verter. As crí­ticas es­tendem-se à po­lí­tica pra­ti­cada nas ba­cias hi­dro­grá­ficas dos grandes rios, que tem con­tri­buído para o de­sas­so­re­a­mento da orla cos­teira, e da qual o Pro­grama Na­ci­onal de Bar­ra­gens Hi­dro­e­léc­tricas é um dos úl­timos exem­plos mais pa­ra­dig­má­ticos, mas também à po­lí­tica de ex­tracção de inertes de­sa­de­quadas, es­pe­ci­al­mente nos rios e zonas es­tu­a­rinas, de que são exemplo as ri­beiras da Ma­deira.

Novos pro­blemas

«Face aos riscos sempre mai­ores da su­bida do nível dos mares e das si­tu­a­ções cli­ma­té­ricas ex­tremas, ge­radas pelas al­te­ra­ções cli­má­ticas, é fun­da­mental a im­ple­men­tação de me­didas de adap­tação que visem mi­tigar estes riscos e pro­teger a orla cos­teira por­tu­guesa e as po­pu­la­ções», de­fende o PEV, la­men­tando o facto de não se estar a ca­mi­nhar nesse sen­tido, antes se tem «per­pe­tuado uma linha de in­ter­venção ca­duca e ul­tra­pas­sada, ali­cer­çada na in­ter­venção “pe­sada” que se tem mos­trado não só ine­ficaz, com tem con­tri­buído para gerar novos pro­blemas».

Neste sen­tido, o PEV con­si­dera «ur­gente» que seja feita uma ava­li­ação dos danos ge­rados por esta ca­la­mi­dade e também a im­ple­men­tação de me­didas de apoio aos afec­tados. «Os Verdes» con­si­deram ainda fun­da­mental que se faça o le­van­ta­mento das si­tu­a­ções de maior risco, so­bre­tudo das que de­correm di­rec­ta­mente de in­ter­ven­ções er­radas da res­pon­sa­bi­li­dade da Ad­mi­nis­tração Pú­blica cen­tral, re­gi­onal ou local, e exigem a to­mada de me­didas de pro­tecção às po­pu­la­ções em pe­rigo.




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