Polícias manifestam-se dia 6
Os sindicatos e associações profissionais da PSP, da GNR, da ASAE, do SEF, da Guarda Prisional e da Polícia Marítima, que integram a Comissão Coordenadora Permanente, estão a organizar os meios de transporte para a manifestação nacional de 6 de Março, convocada pela CCP, mas que recebeu já a adesão de outras organizações que a não integram.
No dia 18 de Janeiro, pela primeira vez, tinham-se reunido todas as associações profissionais da GNR, que debateram «os ataques às compensações subjacentes à permanente disponibilidade, penosidade, salubridade e perigosidade da missão desenvolvida», como se afirmava no comunicado conjunto da APG/GNR, da Aspig e das associações nacionais de sargentos, oficiais e guardas da GNR, citado então pela Lusa.
Com concentração marcada para a Praça do Marquês de Pombal, às 17h30, a manifestação tem por destino a Assembleia da República, para que os profissionais ali possam expressar o seu sentimento, face à concretização das medidas contestadas na anterior acção, a 21 de Novembro, e que o Governo e os partidos que o suportam mantiveram no Orçamento do Estado de 2014.
A par da redução dos vencimentos, do aumento dos descontos para os subsistemas de saúde e da repetição dos congelamento das progressões, o comunicado de 3 de Fevereiro da CCP, que anunciou a acção da próxima quinta-feira, apontou um vasto conjunto de problemas relativos a diferentes serviços e forças de segurança.
Ao fim de três reuniões com as organizações representativas dos profissionais do sector, prometendo medidas alternativas para colmatar as perdas salariais, o ministro da Administração Interna propôs, no dia 17, um aumento de 300 euros anuais (25 euros mensais) no subsídio de fardamento.
A ASPP/PSP (que não participou nas reuniões, por entender que, estando o ministro em simultâneo com todas as organizações de profissionais, não havia condições para uma verdadeira negociação) considerou aquela solução ofensiva, pois só este ano as perdas de rendimento chegam a ultrapassar, em alguns casos, 150 euros mensais. O ministro recusou todas as propostas que o sindicato mais representativo da PSP lhe enviou, demonstrando que «estas reuniões não tiveram outro propósito que não o de tentar, utilizando algumas organizações sindicais da PSP, adiar o descontentamento», considerou a direcção da ASPP, que no dia 18 reforçou o apelo para 6 de Março.
Todas as associações consideraram insuficiente a verba referida pelo ministro. Um dirigente da ANSG (sargentos da GNR) explicou à Lusa que 300 euros não chega para o fardamento que este ano vai ser renovado, pois «só um casaco custa 400».