Turcos contestam repressão

Cerca de dois milhões de turcos participaram em dezenas de manifestações realizadas entre terça-feira, 11, e sexta-feira, 14, em dezenas de províncias do país, calculam meios de comunicação social locais citados pela Prensa Latina. Os protestos foram desencadeados depois da morte, terça-feira, de um jovem de 15 anos, em coma há oito meses na sequência da repressão sobre as acções populares ocorridas no país no Verão passado.

As mesmas fontes garantem que mais de 400 pessoas terão sido detidas nas acções de massas que tiveram particular expressão em Ancra, Izmir, Adana, Mersin e Istambul, noticiou, por seu lado, a Lusa. A agência portuguesa informou, ainda, que as autoridades responderam às iniciativas com violência, usando canhões de água e granadas de gás lacrimogéneo para dispersar as multidões que exigiram justiça e acusaram o primeiro-ministro de ser o responsável pela morte de Berkin Elvan.

Em Istambul, o funeral de Elvan (a oitava vítima mortal da contestação de massas ao governo, iniciada em Junho de 2013) transformou-se num protesto contra a repressão e o executivo liderado por Recep Erdogan, que, entretanto, veio acirrar os ânimos repetindo a versão oficial dos acontecimentos, segundo a qual o jovem pertencia a «organizações terroristas» e, por isso, terá sido alvo da polícia.

A família da vítima, bem como os moradores do bairro operário de Okmeydani, garantem, pelo contrário, que Berkin Elvan havia saído de casa para comprar pão quando foi apanhado pelos confrontos entre a polícia e populares, sendo atingido por uma granada de gás lacrimogéneo na cabeça.




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