Professores protestam na Guarda

No dia 10, no âm­bito das ce­ri­mó­nias ofi­ciais do Dia de Por­tugal, mais de 200 pro­fes­sores pro­tes­taram na Guarda contra o ataque que tem sido des­fe­rido contra os ser­viços pú­blicos, a Es­cola Pú­blica e a pro­fissão do­cente. A ini­ci­a­tiva, or­ga­ni­zada pelo Sin­di­cato dos Pro­fes­sores da Re­gião Centro (SPRC), as­so­ciou-se ao pro­testo de ou­tros tra­ba­lha­dores, que exi­giram a de­missão do Go­verno que tem vindo a hi­po­tecar o fu­turo do País, sub­me­tendo-o a uma «es­ca­lada de aus­te­ri­dade e em­po­bre­ci­mento, de perda de so­be­rania e de su­jeição aos grandes in­te­resses na­ci­o­nais e es­tran­geiros», afirma o sin­di­cato no seu portal. 
Os pro­fes­sores de­nun­ciam a acção de agentes à pai­sana in­fil­trados no meio dos ma­ni­fes­tantes, pro­vo­cando de­sa­catos e ten­tando criar um clima hostil contra quem pro­tes­tava – algo que não veio a ocorrer, em parte de­vido à ati­tude pe­da­gó­gica dos ele­mentos do SPRC, que não se en­vol­veram nas «es­ca­ra­muças».

A pro­pó­sito do in­có­modo e das crí­ticas ma­ni­fes­tados por al­guns co­men­ta­dores e po­lí­ticos ao pro­testo pro­mo­vido pelo SPRC nas co­me­mo­ra­ções ofi­ciais do Dia de Por­tugal, o se­cre­tário-geral da Fen­prof, Mário No­gueira, afirmou em en­tre­vista à fe­de­ração sin­dical que
«no Dia de Por­tugal, como em quais­quer ou­tros, não há razão para que os por­tu­gueses calem o pro­testo, even­tu­al­mente por, nesse dia, sermos todos iguais e ir­mãos, porque não é assim. Os ir­mãos não es­magam os ou­tros ir­mãos como os go­ver­nantes es­magam Por­tugal e os por­tu­gueses todos os dias». «Con­ti­nu­a­remos a com­bater tais po­lí­ticas e tal Go­verno. Por Por­tugal e os por­tu­gueses, con­ti­nu­a­remos a lutar, sempre e em todas as opor­tu­ni­dades, contra o que nos estão a fazer, como tantos, em con­di­ções mais di­fí­ceis, lu­taram antes de 1910 ou 1974, para só fi­carmos pelo sé­culo pas­sado. Lu­ta­remos! Disso podem estar certos», de­clarou o di­ri­gente sin­dical.




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