Desenvolver o Algarve

Os sin­di­ca­listas pre­sentes no VIII Con­gresso da União dos Sin­di­catos do Al­garve (CGTP-IN), que de­correu no dia 19 em Faro, de­ba­teram a si­tu­ação eco­nó­mica e so­cial que os tra­ba­lha­dores da re­gião en­frentam, de­fi­niram li­nhas de in­ter­venção do mo­vi­mento sin­dical e ela­bo­raram um do­cu­mento com uma es­tra­tégia de de­sen­vol­vi­mento re­gi­onal.
O co­or­de­nador da USAL/​CGTP-IN, An­tónio Gou­lart, disse à Lusa que a es­tra­tégia de­se­nhada visa tirar pro­veito das po­ten­ci­a­li­dades da re­gião, co­lo­cando-as ao ser­viço dos al­gar­vios e do País, «mas com uma dis­tri­buição equi­ta­tiva da ri­queza, que não acon­tece hoje». Gou­lart su­bli­nhou que o «ganho médio do tra­ba­lhador al­garvio é 14 por cento in­fe­rior à média na­ci­onal», apesar de o pro­duto in­terno bruto da re­gião se manter cerca de dois por cento acima dessa média, e des­tacou as «con­sequên­cias de­sas­trosas» que os cortes nos postos de tra­balho nos ser­viços pú­blicos estão a ter numa re­gião que en­frenta «a maior crise de de­sem­prego desde 1992».
Ar­ménio Carlos, se­cre­tário-geral da CGTP-IN, pre­sente na sessão de en­cer­ra­mento, apelou à in­for­mação junto dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções sobre as me­didas que o Go­verno está a pre­parar e as suas con­sequên­cias, tendo des­ta­cado que a ta­bela única de su­ple­mentos não foi pen­sada para re­solver os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Pú­blica.




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