Em defesa do SNS
Os profissionais de saúde do Algarve estarão amanhã, 22, em greve, por 24 horas, convocados pelos sindicatos da saúde e da função pública da região.
Marcada, para o mesmo dia, às 17 horas, está ainda uma tribuna pública em defesa da saúde na região, frente à Administração Regional de Saúde do Algarve.
Esta será a primeira paralisação conjunta que congrega enfermeiros, médicos e profissionais da função pública, nomeadamente pessoal administrativo e auxiliares de acção médica, revelaram em conferência de imprensa, faz hoje oito dias, à porta do centro de saúde de Faro, representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e do Sindicato da Função Pública.
O objectivo da tribuna pública é declarar este dia 22 como o dia regional em defesa do Serviço Nacional de Saúde no Algarve, informou Nuno Manjua, do SEP, que apelou à mobilização de todos os cidadãos, desde utentes a autarcas e deputados, entre outros.
Margarida Agostinho, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, chamou a atenção para a saída de muitos clínicos dos serviços, por reforma ou reforma antecipada, por causa das más condições de trabalho, relacionadas sobretudo com falta de pessoal e de material. E questionou as vantagens da criação do Centro Hospitalar do Algarve, que reuniu os três hospitais da região há cerca de um ano, exemplificando com a unidade hospitalar de Portimão, onde é visível a degradação do serviço de Ortopedia, a par da suspensão do serviço de Cardiologia, entre outros problemas que têm vindo a acentuar-se.
Do importante papel assumido nas unidades de saúde pelo pessoal administrativo e auxiliar falou, por sua vez, Rosa Franco, do Sindicato da Função Pública do Sul, dando conta de inúmeras falhas nos serviços, desde problemas com a recolha do lixo a excesso de horas de trabalho, com profissionais a cumprirem escalas de 16 horas.