Crueldade marroquina
Hasena Elwali Aleya, activista dos direitos humanos, faleceu no dia 28 num hospital militar marroquino na cidade de Dakhla, ocupada por Marrocos. De acordo com a família, o seu estado de saúde era crítico em resultado de ausência de tratamento médico adequado.
O Movimento Democrático de Mulheres (MDM) manifestou a sua solidariedade para «com a resistência e luta das famílias, das mulheres e do povo saaraui pelo justo direito à autodeterminação, por uma pátria livre, independente e soberana», e condenou «as arbitrariedades e actos criminosos praticados pelas forças marroquinas, que continuam impunemente a contrariar e desrespeitar o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas».
O MDM reclama ainda «a libertação de todos os presos políticos saarauis das prisões marroquinas e condena a cruel repressão, as detenções, as torturas e os assassinatos que são cometidos pelas autoridades marroquinas nos territórios ocupados, numa nítida violação dos direitos humanos consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos».
Por último, o MDM apela à ONU que cumpra as suas próprias resoluções que reconhecem o direito dos povos a resistir à ocupação e a decidir o seu próprio futuro, e proceda de imediato ao referendo popular. Ao Estado português exige-se o cumprimento da Constituição da República, que reconhece o direito dos povos colonizados à autodeterminação e independência.