Síria e Iraque

A interrupção dos combates em Alepo nos moldes propostos pelas Nações Unidas vai ser avaliado por Bachar al-Assad, anunciou o governo sírio depois da reunião entre o presidente da Síria e o enviado especial da ONU, Staffan di Mistura. Damasco acompanha a necessidade de entregar ajuda humanitária de emergência à população, mas pretende evitar que os terroristas que cercam a cidade, ocupam bairros e diversas localidades na região, aproveitem para reforçar posições.

Entretanto, Barack Obama não afasta a possibilidade de enviar mais tropas para o Iraque. Em entrevista à CBS, o presidente dos EUA confirmou que no território já se encontram mais de três mil soldados norte-americanos e que a Casa Branca pediu ao Congresso mais 5,6 mil milhões de dólares para o «combate» ao Estado Islâmico (EI).

Obama defendeu, ainda, os bombardeamentos que alegadamente têm como objectivo posições do EI e de grupos afectos à al-Qaeda, campanha aérea realizada sem a permissão da Síria, violando, assim, o direito internacional, que o insuspeito Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, tem vindo a responsabilizar pela morte de dezenas de civis, caso do sucedido, no final da semana passada, na localidade de Babsalqa, com o ataque a uma facção que combate, simultaneamente, o governo sírio e o EI.

Paralelamente, um ex-membro do EI revelou que a Turquia está em permanente contacto com o califado e permite mesmo o trânsito pelo seu território de jihadistas que combatem as forças curdas na Síria. Em declarações divulgadas pela Newsweek, o ex-membro do aparelho técnico terrorista acrescentou que o EI considera a Turquia um dos seus mais sólidos aliados, tanto mais que só nesse contexto lhe tem sido possível manter o assédio a posições curdas, e transferir comandos e tropas da Turquia para as regiões curdas da Síria, via Alepo e Raqqa, capital do califado.

O exército curdo sírio também acusa a Turquia, membro da NATO, de colaboração com o EI, nomeadamente através do fornecimento de armas e munições.




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