Governo ouve das boas...

Em Aveiro e na Moita o pro­testo contra a po­lí­tica de des­truição do Go­verno fez-se ouvir no final da se­mana tran­sacta. No pri­meiro caso, con­tra­ri­ando a versão fan­ta­siosa sobre a ale­gada evo­lução fa­vo­rável da si­tu­ação eco­nó­mica do País, a União dos Sin­di­catos de Aveiro acusou o mi­nistro da Eco­nomia de «mentir», ga­ran­tindo que a eco­nomia não está a crescer nem no plano na­ci­onal nem no dis­trito.

A com­prová-lo, entre ou­tros in­di­ca­dores, está a in­sol­vência de 251 em­presas na­quele dis­trito entre 1 de Ja­neiro e 31 de Ou­tubro, con­si­derou o co­or­de­nador da União, Ade­lino Nunes, para quem este é um «dado que con­firma que a eco­nomia con­tinua a não crescer e por isso é que as em­presas en­cerram».

O sin­di­ca­lista fa­lava à porta do Ci­ne­te­atro Alba, dia 7, em Al­ber­garia-a-Velha, onde cerca de três de­zenas de di­ri­gentes sin­di­cais aguar­davam por Pires de Lima, con­vi­dado para o 4.º Fórum Em­pre­sa­rial da Re­gião de Aveiro, para lhe en­tre­garem um re­la­tório que «de­monstra exac­ta­mente o con­trário» do que o go­ver­nante anda a dizer sobre o es­tado da eco­nomia.

Mais a Sul, no con­celho ri­bei­rinho da Moita, no mesmo dia, mais de uma cen­tena de pes­soas re­pu­diou a acção go­ver­na­tiva e afirmou o seu em­penho na luta em de­fesa do Ser­viço Na­ci­onal de Saúde. Foi no de­curso de uma vi­sita da rainha Le­tizia, de Es­panha, e da mu­lher do Pre­si­dente da Re­pú­blica, Maria Ca­vaco Silva, à Casa dos Marcos, centro de do­enças raras. Os ma­ni­fes­tantes gri­taram pa­la­vras de ordem contra o Go­verno, em­pu­nhando car­tazes onde se lia, por exemplo, «Pre­si­dente acorde e de­mita-os».

«Res­pei­tamos muito a As­so­ci­ação Ra­rís­simas e o seu tra­balho, mas es­tamos aqui para trans­mitir uma men­sagem ao Go­verno: o SNS pre­cisa de ser sal­va­guar­dado, assim como os di­reitos de todos os tra­ba­lha­dores, e não é com este or­ça­mento que isso vai acon­tecer», afirmou à Lusa Luís Leitão, da US de Se­túbal.




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