Amazon na Alemanha

Natal em greve

Os trabalhadores de vários centros de distribuição da Amazon na Alemanha entraram em greve na semana que antecedeu o Natal, exigindo aumentos salariais e a melhoria das condições de trabalho.

Depois de várias paralisações realizadas desde Maio, o sindicato Verdi convocou a greve para o período em que a multinacional norte-americana do comércio electrónico realiza maior volume de negócios.

A paralisação iniciou-se a 15 e foi prolongada até dia 24. Segundo o sindicato, mais de 2500 trabalhadores, cerca de um terço do efectivo permanente, aderiram à luta em seis dos oito centros na Alemanha.

O Verdi exige que a empresa cumpra as convenções colectivas no comércio retalhista, o que significa, entre outros, o aumento dos salários, actualmente abaixo do acordado no sector.

A multinacional, que tem recusado as reivindicações sindicais, começou já a deslocalizar parte da actividade para a Polónia, onde os salários são três vezes inferiores aos da Alemanha.

Luta na Renfe

Também os trabalhadores das duas empresas públicas de transporte ferroviário de Espanha, Renfe e Adif (infra-estruturas), realizaram, dia 26, uma greve de 23 horas contra a privatização do sector.

A paralisação, convocada apenas pelo Conselho Geral do Trabalho (CGT), obrigou ao cancelamento de 81 comboios de alta velocidade (AVE) dos 350 previstos, fechou 13 das 30 linhas de via estreita e anulou 168 dos 483 comboios de média distância.

Os efeitos da greve foram limitados pela imposição de serviços mínimos que garantiam a circulação de 77 por cento dos comboios AVE e de longa distância e de mais de metade das linhas de via estreita e de média distância.



Mais artigos de: Europa

Um milhão pela transparência

Uma petição subscrita por mais de um milhão de pessoas foi entregue à Comissão Europeia, exigindo o fim das negociações do tratado de livre comércio entre os EUA e a UE.

Liberdade restringida

O Congresso de Deputados de Espanha aprovou a polémica «Lei de Segurança dos Cidadãos», que se tornou conhecida como «lei da mordaça», por restringir as liberdades cívicas.

Supremo chumba caducidade

O Tribunal Supremo de Espanha chumbou uma das principais alterações à legislação laboral de 2012, que determinou a caducidade dos contratos colectivos, em caso de não ser celebrado um novo convénio no prazo de um ano. O acórdão, divulgado dia 19, vem...

Internet ainda não é para todos

Uma parte crescente da população dos países da União Europeia utiliza regularmente a Internet, no entanto, persistem grandes diferenças entre países, segundo um estudo do Eurostat divulgado dia 16. A proporção mais elevada dos que nunca experimentaram a...

Uma luta que amadurece

Na medida em que se aprofunda a crise na UE, tocando à porta não apenas de países de economias mais frágeis como a de Portugal mas igualmente de algumas das suas grandes potências, nomeadamente da França e da Itália, mas também da Alemanha, acentuam-se as suas...