Interpelação do PCP ao Governo

Valorize-se o trabalho!

Mais de um mi­lhão e 400 mil de­sem­pre­gados, mais de 500 000 postos de tra­balho des­truídos, mais de 2,6 mi­lhões de pes­soas a viver em si­tu­ação de po­breza. É este o re­trato de quatro anos de go­ver­nação PSD/​CDS-PP, que só fica com­pleto se a ele jun­tarmos os cortes nos sa­lá­rios, o agra­va­mento da pre­ca­ri­e­dade, o au­mento do ho­rário de tra­balho, a emi­gração for­çada de mais de 400 000 por­tu­gueses.

«A custa de quê e em nome de quê?», foi a per­gunta que a de­pu­tada co­mu­nista Rita Rato di­rigiu à mi­nistra das Fi­nanças, de­pois de enu­merar cada um dos ele­mentos que com­põem este quadro de ver­da­deiro de­sastre eco­nó­mico e so­cial.

Uma si­tu­ação dra­má­tica cuja res­pon­sa­bi­li­dade im­putou ao Go­verno pela opção que este as­sume de cum­prir, ze­loso, as or­dens da União Eu­ro­peia – seja para agravar o corte dos sa­lá­rios, para fa­ci­litar e em­ba­ra­tecer os des­pe­di­mentos, para au­mentar a pre­ca­ri­e­dade ou para des­re­gu­la­mentar a jor­nada de tra­balho –, em vez de au­mentar os sa­lá­rios (em par­ti­cular o SMN), re­forçar o apa­relho pro­du­tivo, er­ra­dicar as formas de con­tra­tação pre­cária que são afinal si­nó­nimo de ins­ta­bi­li­dade e in­se­gu­rança também no plano fa­mi­liar e pes­soal.

Daí a exi­gência rei­te­rada por Rita Rato de rup­tura com o ca­minho im­posto pela União Eu­ro­peia e de va­lo­ri­zação do tra­balho e cum­pri­mento da Cons­ti­tuição.




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