O balanço negativo de Hollande

Uma es­ma­ga­dora mai­oria dos fran­ceses (81%) con­si­dera ne­ga­tivo o ba­lanço de três anos do go­verno pre­si­dido por Fran­çois Hol­lande.

Se­gundo uma son­dagem CSA pu­bli­cada, dia 2, pelo jornal di­gital Atlan­tico, apenas 19 por cento dos in­qui­ridos fazem uma ava­li­ação po­si­tiva do man­dato do pre­si­dente, eleito em 6 de Maio de 2012.

In­ter­ro­gados sobre as ra­zões do juízo ne­ga­tivo, 69 por cento apon­taram a falta de re­sul­tados no plano eco­nó­mico.

Ao con­trário do que se po­deria supor, Hol­lande goza de uma imagem pes­soal bas­tante ra­zoável face à apre­ci­ação da sua go­ver­nação. Assim, 45 por cento dos in­qui­ridos con­si­deram-no «sim­pá­tico», 38 por cento, «ho­nesto» e 32 por ceno «co­ra­joso e de­ter­mi­nado».

To­davia, apenas 18 por cento apoi­a­riam a sua re­can­di­da­tura em 2017, contra 81 por cento que ex­cluem essa hi­pó­tese.

Opi­niões e factos

A opi­nião ne­ga­tiva ex­pressa na son­dagem traduz uma re­a­li­dade que é par­ti­cu­lar­mente alar­mante ao nível do de­sem­prego.

Apesar das pro­messas elei­to­rais de Hol­lande, nestes úl­timos três anos mais de um mi­lhão de pes­soas per­deram os seus em­pregos em França.

Com a eco­nomia es­tag­nada, a curva do de­sem­prego pra­ti­ca­mente não parou de se agravar desde o início da crise em 2008, com a des­truição de cerca de 2,6 mi­lhões de postos de tra­balho.

Em final de Março, havia mais de seis mi­lhões de ins­critos nos cen­tros de em­pregos do ter­ri­tório con­ti­nental. Mais de 2,3 mi­lhões eram de­sem­pre­gados de longa du­ração, ca­te­goria que cresceu 136 por cento desde me­ados de 2008.




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