Mais de 30 mil pessoas, segundo a estimativa da oposição progressista, citada pela AFP, manifestaram-se, sexta-feira, 19, pela quarta semana consecutiva, na capital das Honduras, exigindo a demissão do presidente. A contestação a Juan Orlando Hernandez subiu de tom há cerca de um mês quando o chefe de Estado foi envolvido num escândalo de desvio de fundos públicos.

Desde então, os protestos não têm cessado, tendo como reivindicação central a destituição do presidente, suspeito de ter desviado 264 milhões de euros dos cofres do sistema estatal de saúde, 79 milhões dos quais terão sido canalizados para a sua campanha eleitoral, em 2013. O sufrágio foi considerado fraudulento pela candidata das forças democráticas, Xiomara Castro, esposa do presidente hondurenho derrubado num golpe de Estado em 2009.