Vasco Car­doso, da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do PCP e res­pon­sável pela Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Par­tido no Al­garve, afirmou que a ini­ci­a­tiva «O Al­garve na Festa do Avante!» é, antes de mais, uma acção de pro­moção e va­lo­ri­zação da Festa do Avante!, que este ano as­si­na­lará a sua 39.ª edição e que terá lugar nos dias 4, 5 e 6 de Se­tembro. «Esta é a Festa onde o País e o mundo estão pre­sentes: através da mú­sica, da cul­tura, do des­porto, da luta, da so­li­da­ri­e­dade, do in­ter­na­ci­o­na­lismo, da von­tade de cons­truir um país me­lhor num mundo me­lhor», su­bli­nhou.

Na sua in­ter­venção, Vasco Car­doso falou também das pró­ximas elei­ções para a As­sem­bleia da Re­pú­blica e das con­sequên­cias de dé­cadas de po­lí­tica de di­reita do PS, PSD e CDS.

«Per­deram-se de­zenas de em­bar­ca­ções de pesca, a in­dús­tria tornou-se numa ac­ti­vi­dade re­si­dual, muitos dos ter­renos agrí­colas deram lugar a campos de golfe», cri­ticou, aler­tando para o facto de «nas cen­tenas de ho­téis que co­brem a re­gião» haver «mi­lhares de tra­ba­lha­dores es­ta­giá­rios que, ou não re­cebem, ou são pagos, mal pagos, pelos di­nheiros pú­blicos».

Anun­ciou ainda «so­lu­ções para o País», que passam por re­ne­go­ciar a dí­vida; es­tudar e pre­parar o País para se li­bertar da sub­missão do euro; au­mentar sa­lá­rios, pen­sões e ou­tros ren­di­mentos; de­sen­volver uma justa re­forma fiscal que alivie as ca­madas não mo­no­po­listas e vá buscar os mi­lhões onde eles de facto estão; re­cu­perar o con­trolo pú­blico dos sec­tores es­tra­té­gicos da eco­nomia; de­fender e va­lo­rizar os ser­viços pú­blicos; pro­mover a pro­dução na­ci­onal.

«Estes grandes eixos da po­lí­tica al­ter­na­tiva que pro­pomos ao País não são uma utopia, são uma ne­ces­si­dade con­creta para re­tirar Por­tugal do ato­leiro, são uma con­dição para me­lhorar as con­di­ções de vida do nosso povo, são a única ga­rantia de que Por­tugal pode ter fu­turo», su­bli­nhou Vasco Car­doso, fri­sando que «a con­cre­ti­zação da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que pro­pomos ao País está de facto nas mãos do nosso povo. Está na sua luta, mas também está no seu voto na CDU.»

Con­fi­ança

Por seu lado, Paulo Sá, de­pu­tado na As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) e ca­beça de lista pelo cír­culo elei­toral do Al­garve, sa­li­entou que nas elei­ções le­gis­la­tivas de 2011 «a con­fi­ança que os al­gar­vios de­po­si­taram na CDU foi ple­na­mente me­re­cida».

«Ti­vemos uma in­tensa in­ter­venção na frente par­la­mentar, as­sente no con­tacto com a re­a­li­dade re­gi­onal e numa pro­funda li­gação aos tra­ba­lha­dores e às po­pu­la­ções», va­lo­rizou, lem­brando que nos úl­timos quatro anos «re­a­li­zámos no Al­garve 310 reu­niões, vi­sitas e con­tactos com as mais di­versas en­ti­dades», «apre­sen­támos na AR 32 pro­jectos de lei e de re­so­lução sobre ques­tões re­gi­o­nais» e «fi­zemos 285 per­guntas e re­que­ri­mentos ao Go­verno sobre os mais va­ri­ados as­suntos de na­tu­reza re­gi­onal».

É com este va­lioso pa­tri­mónio de in­ter­venção e luta, em todos os con­ce­lhos do Al­garve, que a Co­li­gação PCP-PEV se apre­senta às pró­ximas elei­ções. «Estou con­victo de que os al­gar­vios, nas elei­ções le­gis­la­tivas do pró­ximo 4 de Ou­tubro, re­no­varão a sua con­fi­ança na CDU, dando-lhe mais força para a cons­trução de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda, a única que serve os in­te­resses do Al­garve e do País».