Guerra na Síria sobe de intensidade

EUA ao ataque

Os EUA im­pu­seram an­te­ontem, 4, san­ções contra em­presas e en­ti­dades for­ne­ce­doras de com­bus­tí­veis ao go­verno de Da­masco, e Obama au­to­rizou ata­ques aé­reos a po­si­ções das forças ofi­ciais sí­rias.

Obama quer na Síria um go­verno sem Assad

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Um co­mu­ni­cado do De­par­ta­mento do Te­souro dos EUA in­forma que as me­didas visam «redes in­ter­na­ci­o­nais» res­pon­sá­veis pelo for­ne­ci­mento de pe­tróleo e gás «uti­li­zados pelo re­gime de [Bashar] Assad para con­ti­nuar a ali­mentar o con­flito em curso na Síria». Muitas dessas en­ti­dades – re­fere o do­cu­mento – são em­presas de fa­chada que o go­verno da Síria e os seus sim­pa­ti­zantes usam na ten­ta­tiva de es­capar às san­ções dos Es­tados Unidos e da União Eu­ro­peia». No total, são abran­gidas sete em­presas e quatro en­ti­dades. Foram ainda iden­ti­fi­cados sete na­vios como per­ten­centes a en­ti­dades san­ci­o­nadas, que «po­derão ser con­fis­cados se forem en­con­trados em ter­ri­tório ame­ri­cano ou de­tidos por ame­ri­canos», se­gundo o De­par­ta­mento do Te­souro, que su­blinha a in­tenção de con­ti­nuar a usar as suas «fer­ra­mentas fi­nan­ceiras para en­fra­quecer a rede de apoio de Assad».

Estas não são no en­tanto as únicas armas uti­li­zadas pelos EUA contra o le­gí­timo go­verno sírio. Há cerca de um mês, Ba­rack Obama afir­mava que a «única ma­neira de lidar com o Es­tado Is­lâ­mico na Síria é formar um novo go­verno sem Assad que sirva a todos os sí­rios», e ga­rantia que os EUA «vão con­ti­nuar a tra­ba­lhar para essa mu­dança de poder». Esta se­mana, se­gundo no­ti­ciou The Wall Street Journal, o pre­si­dente norte-ame­ri­cano au­to­rizou o uso de aviões norte-ame­ri­canos tanto no caso de ata­ques de grupos ter­ro­ristas como no caso de con­frontos entre a opo­sição síria apoiada pelos EUA e as forças go­ver­na­men­tais leais ao pre­si­dente Bashar Assad.

A per­missão ofi­cial de bom­bar­dear as tropas go­ver­na­men­tais sí­rias faz au­mentar o pe­rigo de con­flito aberto entre os EUA e a Síria, su­blinha o jornal, em­bora os Es­tados Unidos afirmem que o risco não se co­loca «de mo­mento» uma vez que, alega fonte mi­litar ci­tada pelo The Wall Street Journal, as «forças re­cen­te­mente trei­nadas [pelos EUA] visam com­bater contra o grupo ra­dical Es­tado Is­lâ­mico, mas não contra o re­gime [de Assad] e, por isso, não fi­carão ins­ta­ladas nas áreas que estão sob con­trole deste úl­timo».

A fazer fé nas de­cla­ra­ções do se­cre­tário da De­fesa dos EUA Ashton Carter, nas au­di­ções no Se­nado, até 3 de Julho os EUA trei­naram 60 com­ba­tentes [da opo­sição síria], um nú­mero in­fe­rior ao es­pe­rado, de­vido so­bre­tudo ao di­fícil pro­cesso de se­lecção dos fu­turos sol­dados. Mas o pro­cesso con­tinua.

A guerra na Síria co­meçou em 2011, entre forças da opo­sição e vá­rios grupos is­lâ­micos ra­di­cais, in­cluindo o Nusra e agora o Es­tado Is­lâ­mico, ar­mados pelas po­tên­cias oci­den­tais, e o go­verno do pre­si­dente Assad.




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