Privatização da STCP e Metro do Porto

Basta de prejuízos

«A anu­lação do pro­cesso de “sub­con­cessão” – eu­fe­mismo para pri­va­ti­zação – da STCP e Metro do Porto é, para já, uma der­rota do Go­verno e do ac­tual Con­selho de Ad­mi­nis­tração destas em­presas, pois con­fi­gura o fra­casso de um dos seus grandes ob­jec­tivos: en­tregar aos grupos eco­nó­micos e fi­nan­ceiros a pres­tação de um ser­viço de trans­portes pú­blicos que serve mi­lhões de utentes», afirma a Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto do PCP (DORP).

Em nota en­viada à co­mu­ni­cação so­cial, a DORP su­blinha ainda que esta é «uma boa no­tícia para todos aqueles que lu­taram para manter a STCP como uma em­presa pú­blica, pres­ta­dora de um ser­viço de trans­porte capaz de res­ponder às ne­ces­si­dades dos seus utentes». No caso da Metro do Porto, a anu­lação «im­pediu o agra­va­mento dos termos da con­cessão em vigor.»

No en­tanto, im­porta tirar con­clu­sões, acres­centa-se, «a mais sig­ni­fi­ca­tiva das quais é que apesar de o Go­verno ter anu­lado este con­curso, as con­sequên­cias ab­so­lu­ta­mente de­sas­trosas que daí re­sul­taram para as em­presas en­vol­vidas – Metro do Porto, EMEF e STCP – essas, não podem ser anu­ladas com a mesma fa­ci­li­dade.»

No caso da STCP, a DORP lembra que a trans­por­ta­dora se en­contra «há mais de um ano sem ob­jec­tivos nem visão es­tra­té­gica para o fu­turo», e que «em re­sul­tado desta inacção – e mesmo con­tando com a re­cen­te­mente au­to­ri­zada con­tra­tação de mo­to­ristas – o dé­fice de mo­to­ristas é de tal ordem que no pró­ximo mês, com o fim do pe­ríodo de fé­rias e o início do ano es­colar, o ser­viço de trans­porte da em­presa en­trará em co­lapso.»

Res­pon­sa­bi­li­zando o Go­verno e o Con­selho de Ad­mi­nis­tração da Metro do Porto e STCP «pelos pre­juízos cau­sados aos utentes dos trans­portes pú­blicos, pela de­gra­dação das con­di­ções de tra­balho nas em­presas em causa e pelas opor­tu­ni­dades de de­sen­vol­vi­mento da rede pú­blica de trans­portes que foram des­per­di­çadas», a DORP «de­nuncia ainda que a in­tenção do Go­verno avançar com um novo con­curso para a pri­va­ti­zação da STCP e Metro do Porto [en­tre­tanto já de­ci­dido] – seja em con­junto ou em se­pa­rado – irá agravar ainda mais os pro­blemas já men­ci­o­nados.»

«A DORP re­a­firma o com­pro­misso das or­ga­ni­za­ções do PCP e eleitos da CDU na de­fesa do ser­viço pú­blico de trans­portes e na con­ti­nu­ação da luta contra o pro­cesso de pri­va­ti­zação destas em­presas», e «apro­veita para saudar a luta le­vada a cabo pelas or­ga­ni­za­ções re­pre­sen­ta­tivas dos tra­ba­lha­dores da STCP e da EMEF, que em muito con­tri­buiu para vencer esta ba­talha e cuja con­ti­nui­dade é fun­da­mental para obter a der­rota final da­queles que pre­tendem des­man­telar o ser­viço pú­blico de trans­portes.»




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