Uma de­le­gação do PCP es­teve re­cen­te­mente reu­nida com o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da In­dús­tria Mi­neira, em Al­jus­trel, onde foi in­for­mada da di­fícil si­tu­ação por que passam estes tra­ba­lha­dores. Entre as ques­tões le­van­tadas pelos re­pre­sen­tantes dos tra­ba­lha­dores con­tava-se a re­dução do valor dos sa­lá­rios, a pre­ca­ri­zação das re­la­ções de tra­balho, a de­gra­dação da qua­li­dade do ar no in­te­rior da mina e a cada vez menor ca­pa­ci­dade da Au­to­ri­dade para as Con­di­ções de Tra­balho para cum­prir as suas fun­ções. Num co­mu­ni­cado da Di­recção da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal de Beja do PCP, que dá conta deste en­contro, de­nuncia-se al­guns casos re­ve­la­dores da po­lí­tica dos su­ces­sivos go­vernos PS, PSD e CDS re­la­ti­va­mente aos re­cursos mi­neiros: a venda das minas de Al­jus­trel por um euro; o con­trato com a Mar­tifer e a en­trega por con­cessão da mina de Neves-Corvo por um valor re­cu­pe­rado pelo con­ces­si­o­nário em apenas sete meses.