Convívio de Mulheres e comício em Queluz

A CDU pode crescer

Cen­tenas de mu­lheres jun­taram-se na tarde de se­gunda-feira, 14, em Lisboa, num con­vívio de apoio à can­di­da­tura do PCP-PEV. À noite, em Queluz, num co­mício em que também in­ter­veio Je­ró­nimo de Sousa, outra ini­ci­a­tiva de casa cheia con­firmou exis­tirem con­di­ções para o re­forço elei­toral da CDU no pró­ximo dia 4 de Ou­tubro.

«Ex­pressem pelo voto a exi­gência de rup­tura com a po­lí­tica de di­reita»

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A ini­ci­a­tiva que lotou por com­pleto o salão da Casa do Alen­tejo, com uma larga mai­oria de mu­lheres, co­meçou com um apon­ta­mento cul­tural ins­pi­rador. Com­po­si­ções de Händel e Lopes-Graça foram in­ter­ca­ladas por po­emas ditos pela ac­triz e can­di­data da CDU pelo cir­culo de Lisboa Joana Ma­nuel. Par­ti­cu­lar­mente im­pres­siva foi a de­cla­mação de «Re­vo­lução e Mu­lheres», de Maria Velho da Costa, que an­te­cedeu a com­po­nente po­lí­tica onde se su­bli­nhou ra­zões para que muitos mi­lhares de mu­lheres po­nham nas urnas um papel com «uma cru­zinha la­bo­riosa», como es­creveu a po­e­tisa e es­cri­tora.

Al­gumas das ra­zões jus­ti­ficam-se com a ne­ces­si­dade de in­verter os nú­meros da des­gra­çada re­gressão so­cial e eco­nó­mica im­posta nos úl­timos anos, a qual sobre-pe­na­lizou as mu­lheres, como lem­brou Ana Mar­ga­rida Car­valho, can­di­data nas listas da CDU, que falou já de­pois de Cláudia Ma­deira, do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», ter cha­mado à tri­buna vá­rias can­di­datas e apoi­antes da Co­li­gação PCP-PEV, di­ri­gentes do PCP e da In­ter­venção De­mo­crá­tica, e a man­da­tária dis­trital da can­di­da­tura, Gra­ciete Cruz.

Rita Rato, de­pu­tada e can­di­data pelo cír­culo elei­toral de Lisboa sa­li­entou, em se­guida, que o grande de­safio que se co­loca às mu­lheres nas pró­ximas le­gis­la­tivas é darem con­ti­nui­dade à luta or­ga­ni­zada que in­te­graram e em que, não raras vezes, foram as mais per­se­ve­rantes pro­ta­go­nistas, vo­tando na CDU pela sua dig­ni­dade e di­reitos.

Ra­zões de sobra

O mote foi apro­vei­tado pelo Se­cre­tário-geral do PCP, que apelou às mu­lheres para que «ex­pressem pelo voto a exi­gência de rup­tura com a po­lí­tica de di­reita» e rompam com o cír­culo vi­cioso da «al­ter­nância sem al­ter­na­tiva, porque as mu­lheres e as novas ge­ra­ções não estão dis­postas a ab­dicar dos di­reitos, dos so­nhos, das as­pi­ra­ções de viver e tra­ba­lhar em igual­dade num País mais justo e so­be­rano», in­sistiu.

Du­rante a sua in­ter­venção, Je­ró­nimo de Sousa lem­brou também que «por von­tade pró­pria das forças que com­põem a CDU» as listas do PCP-PEV in­te­gram cerca de 43 por cento de mu­lheres. Sinal inequí­voco do vín­culo para com a luta das mu­lheres que se ex­pressa, igual­mente, no con­junto de pro­postas e prin­cí­pios pro­gra­má­ticos que a Co­li­gação de­fende. Entre estes estão os di­reitos à saúde se­xual e re­pro­du­tiva, da mu­lher ser mãe e tra­ba­lha­dora res­pei­tando a função so­cial da ma­ter­ni­dade e pa­ter­ni­dade, a cri­ação de con­di­ções eco­nó­micas e so­ciais que per­mitam às fa­mí­lias a li­ber­dade de de­cidir o mo­mento e o nú­mero de fi­lhos que de­sejam.

Nesse sen­tido, o Se­cre­tário-geral do PCP ga­rantiu que a re­vo­gação das al­te­ra­ções à lei da IVG, pro­mo­vidas por PSD e CDS em fim de le­gis­la­tura e em afronta às mu­lheres, será das pri­meiras ini­ci­a­tivas dos de­pu­tados eleitos pela CDU.

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Do lado certo

Cerca de 500 pes­soas mar­caram pre­sença no co­mício da CDU em Queluz. A ini­ci­a­tiva, que juntou os con­ce­lhos de Sintra e Ama­dora, ini­ciou-se com a de­cla­mação de ex­certos de «As Portas que Abril Abriu», de José Carlos Ary dos Santos, «que sendo um dos mais fiéis re­latos do muito que o nosso povo con­quistou e re­a­lizou com a Re­vo­lução, con­serva en­si­na­mentos e com­porta va­lores que que­remos afirmar e pro­jectar no fu­turo de Por­tugal», ouviu-se em off.

Ao mo­mento cul­tural pro­ta­go­ni­zado pelos ac­tores André Levy, Carla Ja­neiro, André Al­bu­querque e Ma­falda Santos, se­guiram-se as in­ter­ven­ções po­lí­ticas, a pri­meira das quais a cargo de Fer­nando Cor­reia, da In­ter­venção De­mo­crá­tica, can­di­dato pelo cír­culo elei­toral de Lisboa.

Ainda gal­va­ni­zados pelos versos do «poeta da re­vo­lução», os par­ti­ci­pantes ou­viram de­pois Je­ró­nimo de Sousa abordar ques­tões cen­trais que marcam a cam­panha, entre as quais a es­colha entre a con­ti­nui­dade ou a rup­tura com o ca­minho de de­sastre e ruína na­ci­onal. O di­ri­gente co­mu­nista e can­di­dato à AR, re­chaçou, por outro lado, a bi­po­la­ri­zação entre PS e PSD, a falsa ideia de que está em causa a es­colha do pri­meiro-mi­nistro e a não menos falsa te­oria da uti­li­dade da con­cen­tração de votos no PS. Ga­rantiu, por isso, que quantos mais votos e mais de­pu­tados ob­tiver o PCP-PEV, mais pró­xima es­tará a al­ter­na­tiva capaz de der­rotar a al­ter­nância e a po­lí­tica de di­reita.

PSD, CDS e PS são «fa­rinha do mesmo saco», acusou ainda o Se­cre­tário-geral do Par­tido, que numa res­posta ao PS, ma­ni­festou o or­gulho dos que con­vergem na CDU em terem sido des­ta­cados pro­mo­tores do pro­testo e in­dig­nação po­pu­lares, jus­ta­mente quando muitos, PS in­cluído, ca­pi­tu­laram pe­rante as «ine­vi­ta­bi­li­dades».

O que não quer dizer, in­sistiu, que, como diz o PS, a CDU se deixe acan­tonar como «força do pro­testo», ró­tulo com o qual o PS pre­tende apoucar a al­ter­na­tiva pro­posta pelo PCP-PEV e «ca­pi­ta­lizar [nas urnas] o des­con­ten­ta­mento» para com a ac­tual si­tu­ação.

«A CDU está dis­posta a as­sumir todas as res­pon­sa­bi­li­dades que o povo por­tu­guês lhe queira atri­buir, in­cluindo go­ver­na­tivas», mas re­jeita «ser jarrão da po­lí­tica de di­reita», pois, as­se­gurou Je­ró­nimo de Sousa, a opção feita ao lado dos tra­ba­lha­dores e do povo mostra que «a CDU sempre es­teve do lado certo».




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