FNAC pressiona para pagar menos

Nos úl­timos tempos, a FNAC tem vindo a de­sen­volver entre o seu pes­soal uma po­lí­tica de pressão, em quase todas a lojas do País, as­se­di­ando tra­ba­lha­dores para re­du­zirem a du­ração do tra­balho, de 40 para 20 horas se­ma­nais, e com isso re­duzir os sa­lá­rios, como acon­teceu no Porto e Grande Porto.

A de­núncia pú­blica foi feita na se­gunda-feira, dia 12, pela Di­recção Re­gi­onal do Porto, Vila Real e Bra­gança do Sin­di­cato do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços de Por­tugal (CESP/​CGTP-IN), que pro­moveu um pro­testo frente à loja da FNAC na Rua de Santa Ca­ta­rina, em plena baixa por­tu­ense.

No co­mu­ni­cado que dis­tri­buiu à po­pu­lação e aos jor­na­listas, o sin­di­cato re­corda que, «de­vido às po­lí­ticas de­sen­vol­vidas nos úl­timos anos pelo Go­verno PSD/​CDS, os sa­lá­rios foram dras­ti­ca­mente re­du­zidos», pelo que «al­guns tra­ba­lha­dores não acei­taram tal pro­posta». «A em­presa, como cas­tigo», está a trans­ferir os tra­ba­lha­dores para ou­tras lojas, «cri­ando-lhes sé­rias di­fi­cul­dades, al­te­rando-lhes ho­rá­rios de tra­balho e em­pur­rando-os para lojas longe da sua re­si­dência».

É ci­tado o caso de um tra­ba­lhador, há cerca de dez anos na loja de Vila Nova de Gaia, que iria ser trans­fe­rido hoje, dia 15, para a loja no Mar Shop­ping, em Leça da Pal­meira, «só porque mantém a carga ho­rária de tra­balho se­manal». O CESP acusa que a FNAC pre­tende assim «pres­si­onar o tra­ba­lhador a de­sistir dos seus di­reitos e a res­cindir o seu con­trato de tra­balho». Na loja de Santa Ca­ta­rina «vá­rios tra­ba­lha­dores, só porque não acei­taram re­duzir a carga ho­rária, foram trans­fe­ridos para ou­tras lojas», o que é con­si­dera pelo sin­di­cato como «as­sédio» e «uma vi­o­lação clara das normas cons­ti­tu­ci­o­nais».

«Este com­por­ta­mento da FNAC em Por­tugal só é pos­sível porque tem a co­ber­tura po­lí­tica do Go­verno ainda em fun­ções», acusa o CESP, que iria so­li­citar a in­ter­venção da Au­to­ri­dade para as Con­di­ções do Tra­balho e apre­sentar queixa ao Pro­vedor de Jus­tiça.

 



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