Governo falha carreiras na Saúde

Cerca de duas cen­tenas de tra­ba­lha­dores do Ins­ti­tuto Na­ci­onal de Emer­gência Mé­dica (INEM) par­ti­ci­param na jor­nada que teve lugar no dia 1, em Lisboa, para pro­testar contra a de­cisão do Go­verno de adiar para a pró­xima le­gis­la­tura a pu­bli­cação da car­reira pro­fis­si­onal. O pro­testo co­meçou ao fim da manhã, com uma con­cen­tração junto da sede do INEM, na Rua Al­mi­rante Bar­roso, de onde partiu uma ma­ni­fes­tação até ao Mi­nis­tério da Saúde.

A Fe­de­ração Na­ci­onal dos Sin­di­catos dos Tra­ba­lha­dores em Fun­ções Pú­blicas e So­ciais, que pro­moveu esta acção e apre­sentou pré-aviso de greve para aquela quinta-feira, de modo a per­mitir a au­sência dos pro­fis­si­o­nais (a qual teve efeitos in­dis­far­çá­veis), acusou o Mi­nis­tério de as­sumir «uma ati­tude ver­go­nhosa e la­men­tável», quando co­mu­nicou que a car­reira não será pu­bli­cada nesta le­gis­la­tura, ao fim de vá­rias reu­niões de ne­go­ci­ação em que o ob­jec­tivo as­su­mido fora pre­ci­sa­mente o con­trário.

A par de «re­co­nhe­ci­mento, dig­ni­fi­cação e va­lo­ri­zação dos téc­nicos de emer­gência pré-hos­pi­talar» e da res­posta às suas rei­vin­di­ca­ções quanto à re­gu­la­men­tação da car­reira, o pro­testo visou ou­tros pro­blemas, como «a falta gri­tante de pes­soal», «o re­curso abu­sivo ao tra­balho su­ple­mentar» e «a trans­fe­rência das atri­bui­ções e com­pe­tên­cias do INEM para ou­tras en­ti­dades», como a fe­de­ração da CGTP-IN re­feriu, ao anun­ciar a jor­nada.

«O Go­verno mente e des­res­peita os tra­ba­lha­dores», pro­testou a FNSTFPS, logo que o se­cre­tário de Es­tado da Saúde co­mu­nicou que ne­nhuma das car­reiras em ne­go­ci­ação iria ser re­gu­la­men­tada. Numa nota de im­prensa de 18 de Se­tembro, a fe­de­ração re­feriu os casos dos téc­nicos de di­ag­nós­tico e te­ra­pêu­tica, dos téc­nicos su­pe­ri­ores de saúde e dos téc­nicos au­xi­li­ares de saúde e lem­brou que o mi­nistro Paulo Ma­cedo tinha de­cla­rado, quando da greve de 25 de Maio, que «as ne­go­ci­a­ções estão em curso» e por isso con­si­de­rava «es­tranho» haver greve nessa al­tura.

«O tempo veio, uma vez mais, dar razão à fe­de­ração e aos tra­ba­lha­dores», de­mons­trando que «o Go­verno man­teve as ne­go­ci­a­ções sem qual­quer in­tenção de res­peitar os com­pro­missos as­su­midos e de re­gu­la­mentar as car­reiras pro­fis­si­o­nais», acusou a FNSTFPS, ga­ran­tindo que a luta irá pros­se­guir.

 



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