A eleição da di­ri­gente do Par­tido Co­mu­nista Uni­fi­cado Mar­xista-Le­ni­nista (CPN-UML, na sigla em ingês) Bidhya Devi Bhan­dari para a pre­si­dência do Nepal, a 28 de Ou­tubro, cul­minou um pro­cesso de subs­ti­tuição dos altos cargos da nação ini­ciado no par­la­mento ne­palês. Bhan­dari é a pri­meira mu­lher a ocupar o cargo na his­tória do país e será acom­pa­nhada na vice-pre­si­dência pelo ex-guer­ri­lheiro e também membro do CPN-UML Nanda Bahadur Pun.

No início de Ou­tubro, Khadga Prasad Oli, líder do CPN-UML, as­sumiu a chefia do go­verno. Pos­te­ri­or­mente, a também di­ri­gente co­mu­nista On­sari Gharti Magar con­verteu-se na pri­meira mu­lher a li­derar o par­la­mento na­ci­onal.

Com uma nova Cons­ti­tuição, que en­trou em vigor a 20 de Se­tembro, e de­pois de um longo per­curso de­mo­crá­tico que ter­minou com o der­rube da mo­nar­quia, em 2008, a ta­refa pri­o­ri­tária do exe­cu­tivo ne­palês é pro­mover a re­cons­trução do ter­ri­tório, de­vas­tado, em Abril e Maio, por dois vi­o­lentos ter­re­motos. Os abalos pro­vo­caram quase nove mil mortos, danos ma­te­riais or­çados em mais de cinco mil mi­lhões de dó­lares e perdas de quase dois mil mi­lhões para a eco­nomia.