CP Carga deve ser pública

«Re­verter é o ca­minho», re­a­firmou o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores do Sector Fer­ro­viário, após uma reu­nião com a ad­mi­nis­tração da CP Carga onde pre­tendeu de­bater o fu­turo da em­presa e do pes­soal, no quadro da ali­e­nação de 95 por cento do ca­pital à mul­ti­na­ci­onal MSC Rail, ainda não fi­na­li­zada.
Ques­ti­o­nados pelo sin­di­cato da Fec­trans/​CGTP-IN, os re­pre­sen­tantes da ad­mi­nis­tração des­men­tiram no­tí­cias re­centes que fa­lavam no pró­ximo en­cer­ra­mento de li­nhas e re­dução de efec­tivos, em­bora re­co­nhe­cendo que tal pos­si­bi­li­dade foi en­ca­rada no início do pro­cesso de pri­va­ti­zação.
Foram pres­tados es­cla­re­ci­mentos ao SNTSF sobre os tra­ba­lha­dores da car­reira de re­visão de ma­te­rial cir­cu­lante, que dei­xaram de efec­tuar a ma­nu­tenção pre­ven­tiva (trans­fe­rida para a EMEF), bem como sobre a dí­vida acu­mu­lada aos que, por de­creto, tran­si­taram da CP Carga para a Refer e desta para a IP (após a con­tes­tada fusão com a Es­tradas de Por­tugal).
De­pois de o sin­di­cato chamar a atenção para a falta de pes­soal, a ad­mi­nis­tração es­cla­receu que não está pre­visto que tra­ba­lha­dores abran­gidos por trans­fe­rên­cias entre em­presas do Grupo CP re­gressem à origem – si­tu­ação que o SNTSF pre­tende in­verter.
No co­mu­ni­cado de dia 19, o sin­di­cato re­corda que a luta dos tra­ba­lha­dores da CP Carga deu um con­tri­buto de­ter­mi­nante para o ac­tual quadro par­la­mentar, al­te­rado com o voto, e para que «pos­samos exigir à mai­oria dos de­pu­tados da As­sem­bleia da Re­pú­blica aquilo a que se com­pro­me­teram (re­verter e travar os pro­cessos de pri­va­ti­zação)».
Ga­ran­tindo que «não vamos ficar à es­pera de braços cru­zados», o SNTSF apelou «à fa­mília fer­ro­viária» para que par­ti­cipe na con­cen­tração que a CGTP-IN con­vocou para este sá­bado, em Belém.

 



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