Não à hipocrisia!

Ar­mindo Mi­randa, membro da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral do PCP, afirmou que «o povo por­tu­guês não pre­cisa de mais pre­si­dentes destes». Foi a pri­meira cons­ta­tação for­mu­lada à co­mu­ni­cação so­cial, no dia 1, na sequência da men­sagem de Ano Novo pro­fe­rida pelo ac­tual Pre­si­dente da Re­pú­blica (PR). 
O di­ri­gente co­mu­nista disse que, numa al­tura em que vai haver elei­ções para a Pre­si­dência da Re­pú­blica, os por­tu­gueses não pre­cisam de pes­soas que, te­nham por nome «Ca­vaco, Mar­celo Re­belo de Sousa ou outro qual­quer», usam a hi­po­crisia como forma de estar na po­lí­tica». Neste sen­tido, con­si­derou que, no dia 24 de Ja­neiro, o povo por­tu­guês deve fazer tudo para que não volte a estar no lugar de PR quem usa a hi­po­crisia como forma pri­vi­le­giada de estar na po­lí­tica. «É gente em quem não se pode con­fiar», su­bli­nhou.
Quanto às pre­o­cu­pa­ções ma­ni­fes­tadas por Ca­vaco Silva no seu dis­curso re­la­ti­va­mente ao de­sem­prego, às de­si­gual­dades, às in­jus­tiças so­ciais e à po­breza, Ar­mindo Mi­randa des­tacou que a si­tu­ação dra­má­tica que o País en­frenta não re­sulta «de uma mal­dição di­vina», mas das po­lí­ticas que a ela con­du­ziram, e su­bli­nhou as grandes res­pon­sa­bi­li­dades que Ca­vaco Silva tem neste con­texto: como pri­meiro-mi­nistro e en­quanto PR, na me­dida em que não deu uso aos po­deres que a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica lhe con­fere para travar as po­lí­ticas que le­varam o País à ac­tual si­tu­ação.
Apon­tando «es­que­ci­mentos» vá­rios a Ca­vaco, Ar­mindo Mi­randa re­cordou, a pro­pó­sito da sua pre­o­cu­pação com a po­breza, que ele «foi um dos prin­ci­pais ini­migos do au­mento dos sa­lá­rios e pen­sões»; sobre as de­si­gual­dades so­ciais re­fe­ridas, o di­ri­gente co­mu­nista per­guntou se o ainda PR não viu que, em 2013, «havia um ban­queiro a ga­nhar três mi­lhões de euros por dia» – um ano em que mi­lhares de por­tu­gueses viram o seus sa­lá­rios re­du­zidos e muitos viram a fome a rondar-lhe as casas; quanto às in­jus­tiças so­ciais, afirmou que é do co­nhe­ci­mento de pú­blico que está a au­mentar o nú­mero de por­tu­gueses com for­tunas su­pe­ri­ores a 25 mi­lhões de euros.




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