Hospital degrada-se
A situação no Hospital Barreiro-Montijo é «insustentável», garante o Executivo da Comissão Concelhia do Barreiro do PCP que, num comunicado de dia 16, denuncia o encerramento do serviço de Obstetrícia nos dias 6 e 7, por falta de médicos, o que obrigou a encaminhar as grávidas para outros hospitais. Também recentemente, o director do serviço de Oncologia, «médico de reconhecido valor profissional», demitiu-se face à acumulação de problemas no serviço, que está à beira da ruptura. Estes dois casos mais recentes seguem-se a outros, no mesmo sentido: a demissão em bloco dos enfermeiros chefes de equipa do serviço de Urgência, em Abril de 2015; a entrega ao Conselho de Administração, por elementos do serviço de Pediatria, de um abaixo assinado onde se alertava para a falta de profissionais (principalmente no período nocturno), em Agosto do mesmo ano; e a sobrelotação dos serviços de Urgência Geral e Urgência Pediátrica durante o Inverno, com o tempo de espera a atingir as 12 e as oito horas, respectivamente. Acusando o Conselho de Administração de não contribuir para a resolução dos problemas, os comunistas barreirenses integram estes problemas no ataque mais geral contra o Serviço Nacional de Saúde perpetrado por sucessivos governos: só ao nível dos recursos humanos, é o próprio Ministério da Saúde a reconhecer a saída do SNS, entre 2011 e 2014, de 2194 enfermeiros, 342 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 1863 assistentes técnicos e 3463 assistentes operacionais. Médicos foram mais de 3100, entre 2010 e Outubro de 2015.