O PCP rejeita que a transferência dos utentes de Ortopedia do Algarve para os hospitais públicos de Lisboa e Setúbal seja uma solução viável para os problemas que esta especialidade enfrenta no Centro Hospitalar do Algarve (CHA). Num comunicado de dia 2, o Secretariado da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP contesta a «suposta solução» apontada pelo novo Conselho de Administração do CHA, em articulação com o Ministério da Saúde, e realça que a transferência de utentes só vem confirmar tudo aquilo que o PCP tem dito acerca do «processo de degradação acelerada do Serviço Nacional de Saúde no Algarve que, neste caso, ficará sem qualquer perspectiva de ver recuperados os serviços de Ortopedia». Além do mais, lembra o Partido, a solução proposta pelo Conselho de Administração não só não é aceitável como nem sequer é nova, sendo já prática corrente durante a vigência da anterior administração. O PCP alerta ainda para o facto de a carência de meios humanos e materiais no CHA não se resumir apenas ao serviço de Ortopedia, afectando também a Dermatologia, a Cardiologia ou a Oftalmologia. Nestes serviços, acrescenta-se no comunicado, a «capacidade de resposta ou é nula ou demora vários meses e anos».