CESP vai hoje ao Pingo Doce
O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal convocou para hoje, às 13 horas, uma concentração de dirigentes, delegados e activistas sindicais e outros trabalhadores, frente à sede do Pingo Doce e do Grupo Jerónimo Martins, em Lisboa, com o objectivo de exigir resposta ao caderno reivindicativo anual.
Nas reivindicações, enviadas pelo CESP/CGTP-IN a 4 de Fevereiro, destaca-se o aumento de salários. Mas o sindicato, no comunicado a convocar o protesto de hoje, insiste na acusação de que é feita pressão sobre os trabalhadores, particularmente quanto a desregulação de horários de trabalho e imposição de ritmos laborais desumanos – em violação constante do contrato colectivo de trabalho e da lei, como já foi denunciado à ACT.
Correcção das categorias profissionais dos operadores de armazém, respeito pelas categorias profissionais, anulação do «banco» de horas, fardamento (e calçado) apropriado e em quantidade suficiente, passagem a efectivos dos trabalhadores com vínculos precários, 25 dias de férias e desconto de cinco por cento em compras são outros pontos incluídos no caderno reivindicativo.
O sindicato avisa que, mantendo-se a falta de resposta da cadeia de supermercados, será levada a cabo uma «semana de denúncia pública», a partir de 26 de Abril.
Faz hoje uma semana, os accionistas do Grupo Jerónimo Martins aprovaram as contas de 2015 e decidiram distribuir entre si dividendos no valor de 166,5 milhões de euros.
Minipreço
Sem reacção da direcção do Grupo DIA em Portugal às acusações de terrorismo psicológico, perseguições e falta de respeito para com os trabalhadores, por parte do director de vendas e do coordenador, o CESP decidiu realizar anteontem duas acções de denúncia pública, frente a duas lojas, em Lisboa.
O sindicato acusou a cadeia de supermercados de discriminação salarial contra trabalhadores que apenas exerceram direitos reconhecidos, como maternidade/paternidade, baixas por doença ou acidentes de trabalho, horários flexíveis por necessidades familiares. Numa mesma categoria profissional e com trabalho semelhante, as diferenças chegam a ser superiores a cem euros, afirma a Direcção Nacional do sindicato, numa nota à comunicação social, em que anunciou ter apresentado pré-avisos de greve para o dia 1 de Maio e para as horas extraordinárias até ao final do ano.
Sonae
Desde que, em Novembro, foram apresentados vários problemas à direcção de Recursos Humanos do Modelo e Continente (Sonae Distribuição), «continua tudo praticamente na mesma», pelo que o CESP admite partir para iniciativas de denúncia pública, até para levar a ACT a intervir.
Na «folha sindical» de Abril, distribuída aos trabalhadores do grupo retalhista, o sindicato destaca o aumento da precariedade e da desregulação de horários, enquanto uma grande parte dos trabalhadores está sem aumentos salariais «há vários anos».