Valorizar e promover o território da Península de Setúbal

CDU tem propostas

No Encontro Regional de Setúbal da CDU, que se realizou no dia 30 de Abril, no Barreiro, foram definidas 11 propostas de trabalho para a segunda metade do mandato autárquico.

Continuar a trabalhar em defesa das populações

«Assegurar, em tempo útil, procedimentos com vista à utilização da margem disponível de endividamento e exigir a eliminação dos bloqueios à sua concretização», «reforçar os serviços autárquicos, através da abertura de procedimentos concursais para admissão de trabalhadores, particularmente operacionais, promovendo o emprego com direitos, pondo termo à existência de vínculos precários» e «só recorrer a contratos de saneamento financeiro e utilizar o recurso à renegociação da dívida quando a situação concreta o justifique», são as primeiras três das 11 propostas aprovadas no encontro.

No Auditório Municipal Augusto Cabrita, onde estiveram cerca de 200 pessoas, defendeu-se ainda a necessidade de «acompanhar a evolução dos custos de exploração de serviços», «manter uma linha criteriosa de candidaturas ao quadro comunitário», «manter a orientação e concretização da aplicação do processo de avaliação de desempenho de trabalhadores» e «acompanhar em concreto as situações associadas aos ACEP e à fixação do horário das 35 horas».

Por último, para a CDU, é preciso «aprofundar a intervenção política sobre a ERSAR e as suas imposições, alargando o campo de luta e de resistência», «dar combate à chamada “fiscalidade local”, verdadeiro alçapão e factor de pressão política e de desigualdades territoriais efectivas», «reforçar mecanismos de participação popular na vida da autarquia, privilegiando o contacto directo» e «intensificar a reivindicação em torno da reposição das freguesias extintas, envolvendo, para além das autarquias e eleitos, o movimento associativo e as populações, com vista à sua restauração prévia ao próximo ciclo eleitoral».

Reflexão continuada

A par destas 11 propostas de trabalho, salienta o texto da Resolução do Encontro, «torna-se essencial promover uma reflexão continuada e profunda, capaz de ter em conta as especificidades de cada concelho».

Aponta-se, de igual forma, para a «necessidade de articulação do trabalho desenvolvido nas várias autarquias, desde logo entre os municípios e das freguesias, mas também no plano regional, designadamente, através da AMRS e da delegação distrital da ANAFRE» e para a «urgência de, em cada autarquia, serem identificados e corrigidos pontos fracos da intervenção no presente mandato, simultaneamente promovendo os pontos fortes».

«Nos órgãos autárquicos onde a CDU está em minoria», é fundamental continuar «a aprofundar o estudo e o conhecimento das realidades, propor alternativas em defesa das populações e dos seus interesses, divulgar e mobilizar as populações em torno do nosso projecto autárquico».

Políticas de proximidade

Na Resolução do Encontro destaca-se, por outro lado, a «importância de afirmação e reforço permanente de políticas de proximidade com as populações», a «prioridade a dar às pequenas obras», a «programação e discussão com as populações dos investimentos em curso e a realizar», a «prestação de contas», o «aprofundamento de linhas de informação e esclarecimento atempado e eficaz», a «importância do investimento na qualidade de serviços e de atendimento» e a «valorização do trabalho em funções públicas».

O documento termina com a orientação de valorizar e «potenciar as possibilidades abertas pelo Orçamento do Estado para 2016 de contratação de trabalhadores, promovendo o emprego com direitos», mas também persistir «na reversão da EGF, no âmbito da reversão do processo de fusão da SIMARSUL e da criação do sistema intermunicipal de abastecimento de água em alta na região» e pugnar «pela concretização de um conjunto de importantes investimentos públicos, exigindo a clarificação por parte do Governo da planificação para os grandes projectos anunciados para a Península de Setúbal, mas sistematicamente adiados».

Resistência

No Barreiro, onde se fez uma análise dos últimos anos de política de direita, teceram-se fortes críticas ao Governo PS, que não reverteu a privatização da EGF/AMARSUL e continua apostado num processo de descentralização de competências para as autarquias locais em matéria de funções sociais do Estado.

«É necessário manter a linha de denúncia e resistência ao processo de transferência de competências sem o adequado envelope financeiro ou que assentem na lógica neoliberal da alienação das funções sociais do Estado e a oposição ao encerramento ou privatização dos serviços públicos», refere a Resolução do Encontro.




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