Urgência nos transportes

«Trabalhadores e utentes querem respostas urgentes», realçou a Fectrans/CGTP-IN, ao anunciar que vai realizar hoje, dia 14, a partir das 10 horas, no Largo de Santos, em Lisboa, um plenário de representantes (dirigentes e activistas sindicais e membros das comissões de trabalhadores) do pessoal das empresas de transportes do sector empresarial do Estado.
No plenário, que terá a participação do Secretário-geral da CGTP-IN, será discutido um documento, abordando a contínua degradação do serviço público das empresas públicas de transportes, «em virtude da falta de trabalhadores e do desinvestimento», que conduzem à falta de material circulante, seja por imobilização ou envelhecimento. A federação adianta que está previsto entregar o documento ao primeiro-ministro, depois de aprovado, reclamando medidas do Governo «em defesa de um transporte público de qualidade e seguro, ao serviço das necessidades do País e dos utentes».

A administração da CarrisBus, no dia 5, comprometeu-se a garantir aos trabalhadores o direito ao transporte, informou o STRUP. «Sendo uma entre muitas razões para a luta dos trabalhadores», o sindicato da Fectrans/CGTP-IN regista, num comunicado que divulgou dia 8, o facto de ter sido necessário realizar, entre 27 de Junho e 1 de Julho, uma semana de luta, com greve, e fazer frente com coragem a «pressões e chantagem», para haver uma resposta positiva a uma das reivindicações colocadas à empresa há seis meses.
As restantes exigências dos trabalhadores deverão ser contempladas na contratação colectiva, estando uma proposta da empresa pronta e dependente apenas do aval da tutela financeira. Por este motivo, o STRUP apelou a que o pessoal da CarrisBus marcasse presença no plenário de hoje.

Na CarrisTur vai-se realizar uma greve no dia 22, por 24 horas e com deslocação à residência oficial do primeiro-ministro. A decisão foi publicada pela Fectrans, dia 7, numa informação sobre o plenário, com paralisação, realizado nesse dia. A luta, recorda a federação, é contra a redução dos salários dos 167 trabalhadores em 70 euros por mês, «apesar de já haver o instrumento legislativo que permite resolver esta situação».
«Para corrigir uma injustiça e uma ilegalidade encontram sempre uma vírgula para dificultar, mas o Governo foi célere a aumentar o gestor da CGD, de 16 para 40 mil euros, diferença que seria mais do que suficiente para repor os salários devido aos trabalhadores da CarrisTur», protesta a Fectrans, destacando um contraste que foi já exposto numa carta-aberta ao primeiro-ministro.

No Grupo Transportes Nogueira, em Famalicão, um trabalhador iniciou um protesto simbólico, permanecendo à porta da empresa, a denunciar a repressão patronal. A Fectrans recordou, numa nota de dia 8, que o incumprimento da contratação colectiva motivou já uma luta prolongada no ano passado, aumentando os conflitos provocados pela administração contra alguns dos que se manifestaram. Ao motorista em causa, zeloso e exemplar durante 25 anos, foram levantadas três notas de culpa em 14 meses.

 



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