CM Braga violou lei da greve

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O nível de adesão à greve de 29 de Julho, nos Trans­portes Ur­banos de Braga (TUB), foi quase total, «es­pe­lhando a ex­tra­or­di­nária so­li­da­ri­e­dade que une tra­ba­lha­dores com vín­culo pú­blico e em re­gime pri­vado, na luta por con­di­ções iguais», mas o Sin­di­cato Na­ci­onal dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local acusou a ad­mi­nis­tração de ter con­tra­tado ile­gal­mente a Transdev, para as­se­gurar o ser­viço entre o centro da ci­dade e a Rampa da Fal­perra, onde de­corria a Ro­maria de Santa Marta. O STAL/​CGTP-IN res­pon­sa­bi­lizou o mu­ni­cípio «por esta vi­o­lação clara do di­reito de greve, vi­sando mi­norar ou anular os efeitos da luta le­gí­tima dos tra­ba­lha­dores».

Nesse dia, «os tra­ba­lha­dores das em­presas mu­ni­ci­pais de Braga ma­ni­fes­taram o seu re­púdio inequí­voco pela po­lí­tica dis­cri­mi­na­tória da Câ­mara, ade­rindo mas­si­va­mente à greve con­vo­cada pelo STAL, com o ob­jec­tivo de exigir a apli­cação das 35 horas a todos os tra­ba­lha­dores do uni­verso mu­ni­cipal». Se­gundo a nota pu­bli­cada pelo sin­di­cato, «pela manhã, apenas quatro de um total de cem au­to­carros saíram das ins­ta­la­ções dos TUB». Na Agere, a adesão foi su­pe­rior a 50 por cento na hi­giene e lim­peza, o edi­fício prin­cipal ficou en­cer­rado, tal como o aten­di­mento ao pú­blico; com adesão total, a secção das águas também en­cerrou (foi as­se­gu­rado o pi­quete), e o mesmo su­cedeu no sa­ne­a­mento, na ETAR e na ETA. Ní­veis muito ele­vados de adesão re­gis­taram-se igual­mente na var­re­dura.

O STAL saudou os tra­ba­lha­dores das em­presas mu­ni­ci­pais (Agere, TUB, In­vest­Braga e Bra­gaHabit) «pelo êxito desta jor­nada de luta», sa­li­en­tando que «a uni­dade que de­mons­traram é o factor de­ci­sivo» para al­cançar as suas justas rei­vin­di­ca­ções, com des­taque para a apli­cação das 35 horas a todos os tra­ba­lha­dores, in­de­pen­den­te­mente do vín­culo e do local onde exercem fun­ções.

«De­pois desta ex­pres­siva jor­nada de luta» o pre­si­dente da Câ­mara, Ri­cardo Rio, de­verá di­a­logar com o sin­di­cato, «com vista à eli­mi­nação das dis­cri­mi­na­ções de ho­rário e à re­so­lução das si­tu­a­ções de tra­balho pre­cário, ga­ran­tindo vín­culos efec­tivos e a in­serção em car­reiras pro­fis­si­o­nais», es­pera o STAL.

 



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