Pontos nos «is»
Na conferência de imprensa de dia 4, sobre a situação da banca nacional (ver página 5), o dirigente do PCP Jorge Pires foi questionado pelos jornalistas acerca de outros assuntos, nomeadamente as viagens de membros do Governo, a expensas da GALP, a jogos do campeonato europeu de futebol, que a selecção portuguesa acabou por vencer, e as alterações previstas para o IMI.
No primeiro caso, o membro da Comissão Política garantiu que este tipo de atitudes «não ajudam de facto a fazer a separação entre poder político e económico, que não tem sido feita em muitas situações ao longo dos anos e prejudicam a vida democrática» do País. Aliás, acrescentou, esta promiscuidade tem sido responsável por situações gravíssimas ocorridas em Portugal ao longo dos anos.
Perante esta atitude dos governantes, que apelidou de «criticável», o dirigente do PCP afirmou caber ao Governo, ao primeiro-ministro e aos envolvidos analisarem a situação, retirarem as devidas ilações e agirem em conformidade. Uma coisa é certa, garantiu Jorge Pires: «com deputados do PCP esta situação não aconteceria.»
Quanto ao IMI, o membro da Comissão Política recordou o teor da nota emitida pelo Gabinete de Imprensa do Partido dois dias antes (e que o Avante! tratou na edição da semana passada), no qual se lembrava que o PCP «sempre denunciou e interveio para repor no Código do IMI critérios de justiça e de alívio da carga fiscal sobre as famílias».