Greves de enfermeiros

De anteontem, dia 9, até amanhã, dia 12, o «plano nacional de luta» organizado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses prossegue com greves ao nível de instituições de Saúde, em Coimbra, no Algarve, na Figueira da Foz e no Norte Alentejano.

O SEP/CGTP-IN, numa nota de imprensa desta terça-feira, atribui a responsabilidade destas greves ao Governo, através dos ministérios da Saúde e das Finanças, que «após terem assumido por escrito que as 35 horas se aplicariam a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo, não honraram o compromisso».

Tal como nas greves de 28 e 29 de Julho, as exigências são resumidas em quatro pontos:
 · 35 horas semanais para os nove mil enfermeiros a CIT (contrato individual de trabalho);
 · admissão de mais enfermeiros em todas as instituições, pois a maioria dos serviços continua com falta de profissionais e mantêm-se os níveis de exaustão;
 · cumprimento da legislação sobre organização do tempo de trabalho, acabando com a desregulação total que se reflecte em dezenas de horas a mais (turnos extraordinários ilegalmente programados, turnos de 12 horas, semanas sem as duas folgas obrigatórias, diminuição do número de enfermeiros por turno, escalas sem qualquer regra de rotatividade);
 · pagamento de todo o trabalho extraordinário efectuado, remunerando milhares de horas a mais que os enfermeiros são obrigados a trabalhar e que são acumuladas em «bolsas» que nunca chegam a ser traduzidas em tempo nem em dinheiro.




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