Greve na Funchalense

Os tra­ba­lha­dores da grá­fica Fun­cha­lense, pro­pri­e­dade do grupo Global No­tí­cias, cum­prem no sá­bado, dia 29, uma greve de 24 horas em de­fesa de au­mentos sa­la­riais. Em co­mu­ni­cado, o Sin­di­cato das In­dús­trias Trans­for­ma­doras, Energia e Ac­ti­vi­dades do Am­bi­ente – SITE/​CGTP-IN, ex­plica que nos úl­timos oito anos, pese em­bora os avul­tados lu­cros re­gis­tados pela em­presa, os tra­ba­lha­dores não ti­veram qual­quer au­mento na res­pec­tiva re­mu­ne­ração, facto que, con­si­de­rando o au­mento do custo de vida, se tra­duziu numa perda efec­tiva de poder de compra.

O SITE es­cla­rece ainda que a pa­ra­li­sação, de­ci­dida em ple­nário no pas­sado dia 14, foi con­vo­cada após a ad­mi­nis­tração da Fun­cha­lense, si­tuada em Pêro Pi­nheiro, Sintra, ter ma­ni­fes­tado total in­dis­po­ni­bi­li­dade para ne­go­ciar au­mentos sa­la­riais, re­me­tendo para sede de ne­go­ci­ação co­lec­tiva esta ma­téria. Ora, de­nuncia o Sin­di­cato, a ne­go­ci­ação co­lec­tiva é alvo de boi­cote pela as­so­ci­ação pa­tronal há mais de 40 anos.

«Os tra­ba­lha­dores tudo têm feito para que a em­presa al­tere a sua po­sição» com o ob­jec­tivo de «evitar o con­flito» la­boral, adi­anta-se ainda no co­mu­ni­cado, em que se in­forma, por fim, que antes do início da greve, os tra­ba­lha­dores voltam a reunir em ple­nário para ava­liar a si­tu­ação e novas formas de luta.

 



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