Va­len­tina Matos, eleita da CDU na As­sem­bleia Mu­ni­cipal da Horta, ilha do Faial, alertou, dia 24, para o «grave pro­blema de con­ta­mi­nação por plás­ticos que se ve­ri­fica nas ar­ribas abaixo do aterro» do Centro de Pro­ces­sa­mento de Re­sí­duos da Ilha do Faial.

«Não é no­vi­dade para nin­guém que uma mancha de plás­ticos se es­palha ao longo de cen­tenas de me­tros de orla cos­teira, mas o grau de sa­tu­ração das ar­ribas abaixo do aterro foi sur­pre­en­dente até para os vo­lun­tá­rios que, numa manhã, re­co­lheram mais de uma to­ne­lada de plás­ticos numa faixa da costa com pouco mais de 200 me­tros», de­nun­ciou Va­len­tina Matos, dando conta de muitos ou­tros ma­te­riais en­con­trados.

A eleita nas listas da Co­li­gação PCP-PEV sa­li­entou, por outro lado, que o «plano de en­ce­ra­mento da li­xeira» não pode «ig­norar os pro­blemas am­bi­en­tais que esta causa en­quanto ainda se en­contra em fun­ci­o­na­mento» e que, no âm­bito do ar­tigo 40 do DL n.º 183/​2009, «o ope­rador de aterros, neste caso a Câ­mara da Horta, é obri­gado a adoptar me­didas de pre­venção da po­luição».

Va­len­tina Matos disse mesmo que «a não adopção de me­didas pre­ven­tivas tão ele­men­tares como uma ve­dação com redes, para im­pedir que o vento es­palhe os re­sí­duos para fora da área do aterro, e a ine­xis­tência de um plano de mo­ni­to­ri­zação da área en­vol­vente, estão em clara con­tra­dição com a le­gis­lação em vigor».