Grândola com mais investimentos

Em Grân­dola, no pe­ríodo de três anos, a au­tar­quia re­duziu a dí­vida em 30 por cento, «fa­zendo con­tenção de des­pesa, re­for­mu­lando a es­tru­tura dos ser­viços da Câ­mara, fa­zendo pou­panças e pro­cu­rando ir ren­ta­bi­li­zando os pró­prios ser­viços que es­tavam de­sor­ga­ni­zados».

O anúncio foi feito à Lusa, re­cen­te­mente, por An­tónio Fi­gueira Mendes, pre­si­dente da Câ­mara de Grân­dola, após a apro­vação pela mai­oria CDU, com os votos contra do PS e do Mo­vi­mento In­de­pen­dente por Grân­dola, do Re­la­tório de Contas de 2016.

A dí­vida desta au­tar­quia, que atingia em 2013 o valor de «14 mi­lhões de euros», re­gistou uma «di­mi­nuição de 4,2 mi­lhões de euros» em três anos, pas­sando, em 2016, a 9,8 mi­lhões de euros.

«Isso, é bom que se note, sem onerar os mu­ní­cipes, porque nós mesmo assim bai­xámos a Der­rama, o IMI [Im­posto Mu­ni­cipal sobre Imó­veis] e não au­men­támos os im­postos», des­tacou An­tónio Fi­gueira Mendes, que disse ter sido ne­ces­sária uma «gestão ri­go­rosa», «atenta aos pro­blemas» e sem «es­banjar re­cursos».

Cons­tran­gi­mentos

Além da dí­vida, o mu­ni­cípio anun­ciou também ter re­du­zido para me­tade o prazo médio de pa­ga­mento a for­ne­ce­dores, algo com «re­le­vância muito grande para a eco­nomia do con­celho», con­si­derou o au­tarca, lem­brando que isso afecta «so­bre­tudo os for­ne­ce­dores lo­cais».

«O que também nos obrigou a fazer esta re­dução foi o facto de nos pri­meiros anos não con­se­guirmos fazer in­ves­ti­mento, porque tí­nhamos um PAEL [Pro­grama de Apoio à Eco­nomia Local] que nos amar­rava a um con­junto de com­pro­missos que era pre­ciso cum­prir», re­co­nheceu.

A li­qui­dação an­te­ci­pada, em 2016, do PAEL «per­mitiu li­bertar o mu­ni­cípio de fortes cons­tran­gi­mentos e res­tri­ções im­postas por este Plano de Ajus­ta­mento Fi­nan­ceiro», a que a au­tar­quia «aderiu em 2012».

«Tí­nhamos dí­vidas em atraso de muitos meses, al­gumas de mais de 120 dias, e isso também não nos per­mitia fazer in­ves­ti­mento», re­cordou, des­ta­cando que o prazo médio de pa­ga­mento de for­ne­ce­dores passou a ser de 60 dias.

Com a ac­tual si­tu­ação fi­nan­ceira, o mu­ni­cípio está a avançar com in­ves­ti­mentos, tendo já, des­tacou An­tónio Fi­gueira Mendes, pro­jectos com fi­nan­ci­a­mento co­mu­ni­tário apro­vados no valor de «mais de 10 mi­lhões de euros».

«Creio que no con­celho de Grân­dola nos pró­ximos dois a três anos vai haver um grande de­sen­vol­vi­mento por um con­junto de obras que es­tamos agora a can­di­datar e ou­tras que estão já fi­nan­ci­adas», disse, an­te­ci­pando que al­guns pro­jectos já estão «em de­sen­vol­vi­mento».




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