Lenín Moreno assume presidência do Equador

TRANSPARÊNCIA Lenín Mo­reno as­sumiu a 24 de Maio a pre­si­dência da Re­pú­blica do Equador. Uma se­mana de­pois, a pro­messa elei­toral de «to­le­rância zero» à cor­rupção co­meçou a ser cum­prida.

Temos o de­safio de su­perar as con­quistas al­can­çadas

O novo pre­si­dente for­ma­lizou no dia 1 de Junho o con­vite feito a 13 ci­da­dãos equa­to­ri­anos para que in­te­grem a Frente de Trans­pa­rência e Luta Contra a Cor­rupção, in­forma a Andes, Agência Pú­blica de No­tí­cias do Equador e da Amé­rica do Sul. No texto da carta, Lenín Mo­reno ga­rante que a Frente será um es­paço que per­mi­tirá à so­ci­e­dade civil e ao Es­tado de­finir as po­lí­ticas e as me­didas de pre­venção da cor­rupção no sector pú­blico e pri­vado, exor­tando as au­to­ri­dades ju­di­ciais e de con­trolo ao jul­ga­mento e sanção dos cor­ruptos no âm­bito do de­vido pro­cesso.

Ainda se­gundo o do­cu­mento, o novo or­ga­nismo de­verá «emitir re­co­men­da­ções para o for­ta­le­ci­mento do or­de­na­mento ju­rí­dico e es­ta­be­lecer me­ca­nismos de edu­cação em va­lores para o sis­tema edu­ca­tivo a todos os seus ní­veis».

A ac­ti­vi­dade da Frente, in­formou o pre­si­dente, con­tará com a as­ses­soria per­ma­nente das agên­cias e or­ga­nismos da ONU no âm­bito da Con­venção das Na­ções Unidas Contra a Cor­rupção.

Su­perar as con­quistas

Com o com­pro­misso de ser «o pre­si­dente de todos» mas «fun­da­men­tal­mente dos po­bres», Lenín Mo­reno venceu com 51,1 por cento dos votos na se­gunda volta das elei­ções de 2 de Abril. O seu vice-pre­si­dente é Jorge Glas, que foi re­e­leito no cargo, e ambos pro­metem tri­lhar o ca­minho de pro­gresso aberto pelo pre­si­dente ces­sante, Ra­fael Correa.

Vice-pre­si­dente entre 2007 e 2013, Mo­reno li­dera aos 65 anos um país de 16 mi­lhões de ha­bi­tantes que na úl­tima dé­cada co­nheceu «o pe­ríodo mais es­tável da his­tória re­cente equa­to­riana, uma etapa de mu­dança e pro­gresso que elevou os ní­veis de de­sen­vol­vi­mento».

Diá­logo, em­prego e de­sen­vol­vi­mento pro­du­tivo, acesso à edu­cação su­pe­rior, cri­ação de um plano de ha­bi­tação de in­te­resse so­cial para a po­pu­lação em si­tu­ação de risco ou vul­ne­ra­bi­li­dade, luta contra a vi­o­lência e o nar­co­trá­fico; ve­lhice digna para os mais idosos; atenção às mães grá­vidas e às cri­anças; e a re­vo­lução agrí­cola – tais são os pontos prin­ci­pais do pro­grama do novo go­verno.

«Temos o de­safio de su­perar as con­quistas al­can­çadas», afirmou Mo­reno du­rante a cam­panha elei­toral.

Na pri­meira volta, o novo pre­si­dente, à frente da Ali­ança País, ob­teve mais um mi­lhão de votos do que o can­di­dato da di­reita, o ban­queiro Guil­lermo Lasso.

 



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