PCP denuncia degradação das Forças Armadas
Num comunicado emitido a 30 de Junho pelo seu Gabinete de Imprensa, o PCP considera o assalto a um paiol militar em Tancos como «um caso de extrema gravidade a necessitar de todo o apuramento, incluindo a retirada de consequências». Para o Partido, a existência de um sistema de vídeo vigilância inoperacional há dois anos, segundo notícias vindas a público, é reveladora do «estado de degradação a que as opções políticas de sucessivos governos, e de forma mais violenta do anterior governo PSD/CDS-PP, conduziram as Forças Armadas». Esta degradação, acrescenta-se, concretiza-se nos planos de material, pessoal e dos direitos dos militares.
Ilustrativa da retirada de direitos aos militares é a situação que envolve o apoio aos familiares de militares, como seja a do que recentemente faleceu no Mali, resultante da alteração à lei efectuada na anterior legislatura. A alteração legislativa, recorda o PCP, fez com que os beneficiários deixassem de receber o equivalente a seis vezes o salário bruto do funcionário público falecido e passassem a receber três vezes o indexante de apoio social, que está agora fixado em 421,32 euros. Resta ainda, conclui, «perceber exactamente como está tudo o que diz respeito a seguros e apoio aos militares nas denominadas forças nacionais destacadas».