Convénios em Espanha não garantem poder de compra

Quase 84 por cento dos convénios colectivos firmados em Espanha não garantem a manutenção do poder de compra, caso a inflação ultrapasse o valor estabelecido da actualização salarial.

Segundo dados do Ministério do Emprego, citados na edição de dia 9 do El País, o valor médio das actualizações salariais acordadas para 2017 foi de 1,33 por cento. Se a inflação ultrapassar este valor, os salários reais cairão.

Durante anos, até 2012, os convénios incluíam por norma uma cláusula de garantia do poder aquisitivo. Se os preços subissem mais do que havia sido acordado para os salários, essa diferença era compensada.

A abolição desta cláusula foi uma das medidas da ofensiva laboral, desencadeada a pretexto da crise e da recuperação da competitividade. Mas hoje, apesar de a economia espanhola estar a crescer três por cento ao ano, o patronato continua a recusar a reposição deste mecanismo, motivo, aliás, que levou à ruptura das negociações entre as principais centrais sindicais e associações patronais, em finais de Julho, com vista a definir as linhas gerais dos próximos convénios.



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