Trump ambíguo na condenação duma manifestação nazi nos EUA

Con­frontos entre «su­pre­ma­cistas brancos de ex­trema-di­reita» e ci­da­dãos an­ti­fas­cistas pro­vo­caram três mortos e 34 fe­ridos, no sá­bado, 12, em Char­lot­tes­ville, na Vir­gínia.

Os ra­cistas, in­cluindo mem­bros do Ku Klux Klan, pro­tes­tavam contra uma de­cisão ca­ma­rária de re­mover a es­tátua do ge­neral Ro­bert Lee do Parque da Eman­ci­pação, na ci­dade. Lee che­fiou o exér­cito con­fe­de­rado (dos es­tados su­listas, es­cla­va­gistas), du­rante a Guerra da Se­cessão (1861-1865), nos EUA.

Du­rante os dis­túr­bios, um con­dutor, mais tarde de­tido, atro­pelou de pro­pó­sito pes­soas que en­fren­tavam os ra­cistas, cau­sando a morte de uma mu­lher. Pouco de­pois, um he­li­cóp­tero da po­lícia, que se­guia os in­ci­dentes, des­pe­nhou-se, tendo mor­rido dois agentes.

Na noite an­te­rior, cen­tenas de ra­cistas mar­charam com to­chas no campus uni­ver­si­tário de Char­lot­tes­ville, en­to­ando a con­signa nazi «Sangue e terra» e gri­tando slo­gans como «Um povo, uma nação, fim da imi­gração», «Não nos subs­ti­tuirão» e «As vidas brancas im­portam».

O pre­si­dente Trump, num pri­meiro mo­mento, con­denou a «exi­bição in­digna de ódio, fa­na­tismo e vi­o­lência, vinda de ambas as partes».

Logo cri­ti­cado por con­gres­sistas, go­ver­na­dores e au­tarcas, de­mo­cratas e re­pu­bli­canos, pela am­bi­gui­dade das de­cla­ra­ções, tentou de­pois emendar a mão através de um co­mu­ni­cado da Casa Branca: «O pre­si­dente (…) con­dena todas as formas de vi­o­lência, fa­na­tismo e ódio. Isto in­clui evi­den­te­mente su­pre­ma­cistas brancos, ne­o­nazis, o Ku Klux Klan e todo o tipo de grupos ex­tre­mistas».




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