Greve no Minipreço mostrou força crescente

LUTA As greves e con­cen­tra­ções no Grupo DIA (Mi­ni­preço e Clarel), entre os dias 11 e 19, me­re­ceram um ba­lanço po­si­tivo do sin­di­cato, mos­trando que os tra­ba­lha­dores ga­nham cada vez mais força.

A ac­tu­a­li­zação sa­la­rial é in­fe­rior à in­flação desde 2010

Esta série de lutas foi con­vo­cada pelo Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores do Co­mércio, Es­cri­tó­rios e Ser­viços, em apoio às rei­vin­di­ca­ções apre­sen­tadas à ad­mi­nis­tração no final de 2016, mas que con­ti­nuam sem res­posta po­si­tiva. O CESP/​CGTP-IN re­clama o fim da dis­cri­mi­nação sa­la­rial e do as­sédio moral, exige au­mentos sa­la­riais e a dig­ni­fi­cação das car­reiras, es­pe­ci­al­mente do pes­soal dos ar­ma­zéns (ha­vendo di­fe­renças sa­la­riais que chegam a cem euros, entre tra­ba­lha­dores com fun­ções idên­ticas).

No dia 11, no ar­mazém em Vi­a­longa (Al­verca), o início de uma greve de três dias foi as­si­na­lado com uma con­cen­tração no ex­te­rior, cerca das 14h30. Na quarta-feira, dia 16, re­a­lizou-se a meio da manhã uma con­cen­tração de de­zenas de tra­ba­lha­dores junto ao ar­mazém na Zi­breira (Torres Novas), onde teve início uma greve de quatro dias.

Nesse mesmo dia, uma greve de 24 horas abrangeu os su­per­mer­cados e es­cri­tó­rios.

No ar­mazém em Va­longo (Rua do Ne­gral), houve greve na sexta-feira, 18, e no sá­bado. No pri­meiro dia, de manhã, ou­tros tra­ba­lha­dores jun­taram-se ao pi­quete de greve, na en­trada da­quela uni­dade lo­gís­tica, im­pe­dindo a en­trada e saída de ca­miões du­rante al­gumas horas.

«O ba­lanço é muito po­si­tivo, com a adesão à greve nos ar­ma­zéns a rondar 50 por cento, en­quanto nas lojas foi su­pe­rior a 50 por cento, tendo le­vado ao en­cer­ra­mento, na quarta-feira, de cerca de 80 su­per­mer­cados, e a ho­rá­rios re­du­zidos em mais de 100», disse à agência Lusa, na se­gunda-feira, 21, um di­ri­gente do CESP. Pedro Ra­malho re­alçou que, apesar de não ter ha­vido uma res­posta ime­diata da em­presa, esta jor­nada com­provou que os tra­ba­lha­dores «não de­sa­nimam e cada vez ga­nham mais força». Adi­antou que, sem al­te­ração da po­sição pa­tronal, o sin­di­cato vai de­finir ainda em Agosto ou­tras ac­ções e novas formas de luta.

 



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