Redução apressada
Jerónimo de Sousa criticou na quinta-feira, 25, a «redução apressada» do défice pelo Governo e defendeu mais investimento e a renegociação da dívida.
«Há elementos positivos, particularmente em relação à receita fiscal», cujo aumento, nomeadamente do IVA, se deve à «reposição de direitos e rendimentos e, consequentemente, ao aumento do consumo interno», disse à agência Lusa, à margem do jantar em Grândola, na Feira de Agosto, com os candidatos concelhios da CDU. O PCP considera no entanto que falta investimento público, pelo que discorda que a «redução do défice se faça desta forma apressada, elevada, quando nada justifica isto».
«Com o dinheiro aplicado para a questão do défice, falta dinheiro, depois, para responder a esse investimento público necessário para as nossas infra-estruturas, para o desenvolvimento da produção nacional e, fundamentalmente, faz falta para dar resposta a esse capital humano, particularmente no plano dos trabalhadores da administração pública», sublinhou.
O Secretário-geral do PCP vincou no entanto que o País, hoje, «está melhor», o que «vem derrotar e deitar por terra toda aquela argumentação do PSD e do CDS de que não podia haver essa resposta de reposição, de conquista e defesa de direitos. Aí está, afinal a economia não piorou, antes pelo contrário, melhorou».