Pela valorização da antiga Fábrica Robinson

O Par­la­mento aprovou a re­co­men­dação pro­posta pelo PCP para que o Go­verno pro­mova uma in­ter­venção ur­gente que ga­ranta a sal­va­guarda desse va­lioso pa­tri­mónio ar­que­o­ló­gico in­dus­trial e edi­fi­cado que é a an­tiga Fá­brica Ro­binson, em Por­ta­legre, ac­tu­al­mente em risco.

Em de­bate no pas­sado dia 28 jun­ta­mente com seis ou­tros di­plomas de teor idên­tico apre­sen­tados por todas as ou­tras forças com as­sento par­la­mentar, e todos igual­mente apro­vados por una­ni­mi­dade, e por uma pe­tição as­si­nada por mais de 4300 pes­soas, no pro­jecto de re­so­lução co­mu­nista su­gere-se ainda ao Exe­cu­tivo que, em ar­ti­cu­lação com ou­tras en­ti­dades, pro­mova o «co­nhe­ci­mento, es­tudo, pro­tecção, va­lo­ri­zação e di­vul­gação da­quele va­lioso pa­tri­mónio», bem como a «adopção de me­didas de re­qua­li­fi­cação e re­vi­ta­li­zação do con­junto clas­si­fi­cado, re­fun­ci­o­na­li­zando os seus sete hec­tares».

Ele­mento pre­pon­de­rante na re­gião nos sé­culos XIX e XX, e que «marca ainda hoje a si­lhueta da ci­dade», foi a «di­nâ­mica so­cial» ge­rada à sua volta que levou à cri­ação do «pri­meiro sin­di­cato cor­ti­ceiro, da pri­meira co­o­pe­ra­tiva de con­sumo, do pri­meiro corpo de bom­beiros, da pri­meira creche in­fantil, da pri­meira so­ci­e­dade fi­lar­mó­nica, entre tantas ou­tras re­a­li­za­ções que per­duram nos dias de hoje», como as­si­nalou o de­pu­tado co­mu­nista João Ramos, que re­feriu terem sido os ope­rá­rios da Ro­binson os pri­meiros a co­me­morar o 1.º de Maio em Por­ta­legre, em 1893.

Com a ces­sação da ac­ti­vi­dade in­dus­trial em 2009, na sequência da in­sol­vência da So­ci­e­dade Cor­ti­ceira Ro­binson, que deixou pro­blemas la­bo­rais que ainda aguardam por re­so­lução, ficou uma «ri­queza em pa­tri­mónio ma­te­rial e ima­te­rial, único não só na re­gião mas também no País e no mundo», clas­si­fi­cado como Con­junto de In­te­resse Pú­blico, que in­clui a igreja e o con­vento de S. Fran­cisco.

Pa­tri­mónio que por ser «de­ma­siado im­por­tante para ficar de fora de uma es­tra­tégia de de­sen­vol­vi­mento do Norte alen­te­jano e do País», nas pa­la­vras de João Ramos, pre­cisa por isso obri­ga­to­ri­a­mente de «ser pro­te­gido».




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