Partidos comunistas contra a militarização da UE

DE­CLARAÇÃO Por ini­ci­a­tiva do Par­tido Co­mu­nista Alemão, par­tidos co­mu­nistas e ope­rá­rios da Eu­ropa pro­nun­ci­aram-se sobre a «co­o­pe­ração es­tru­tu­rada per­ma­nente» da UE no do­mínio mi­litar, de­sig­nada «PESCO».

De­cla­ração comum qua­li­fica a PESCO como um acto de ar­ma­mento agres­sivo

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Na de­cla­ração, com o ti­tulo «Não à cor­rida aos ar­ma­mentos em nome dos povos amantes da paz! Parar a mi­li­ta­ri­zação da UE!», os par­tidos subs­cri­tores «con­denam a "co­o­pe­ração es­tru­tu­rada per­ma­nente" (PESCO, na sigla in­glesa) como um acto de ar­ma­mento agres­sivo», que é li­de­rado pela Ale­manha. A este pro­pó­sito, a de­cla­ração re­corda que «a mi­nistra alemã da de­fesa Von der Leyen de­seja formar aber­ta­mente um "exér­cito eu­ropeu"», que afirma ser um pro­jecto bá­sico da União Eu­ro­peia, o que  co­loca a nu a falsa ideia de que o pro­cesso de in­te­gração eu­ro­peia é um pro­jecto de paz.
Os par­tidos subs­cri­tores su­bli­nham que «a PESCO au­menta o pe­rigo da guerra», apon­tando que «a UE quer ser capaz de travar a guerra, seja de forma in­de­pen­dente dos EUA e da NATO, seja de­baixo chapéu desta». Sa­li­entam ainda que «para além da obri­gação de se ar­marem con­ti­nu­a­mente, a PESCO exige que os es­tados par­ti­ci­pantes con­tri­buam subs­tan­ci­al­mente para fu­turas in­ter­ven­ções mi­li­tares da UE, o que sig­ni­fica guerra» e que «aos es­tados par­ti­ci­pantes não só é re­que­rido o au­mento dos seus gastos mi­li­tares, como também que par­ti­cipem em pro­jectos co­muns de ar­ma­mento e que for­neçam sol­dados para os agru­pa­mentos mi­li­tares tác­ticos da UE».
Su­bli­nhando que «o di­nheiro deve ser gasto para fins so­ciais», os par­tidos apelam «a todas as forças pro­gres­sistas e aos ci­da­dãos dos es­tados-mem­bros da UE que se juntem» na exi­gência da dis­so­lução da NATO, contra a mi­li­ta­ri­zação da UE e na re­sis­tência à guerra im­pe­ri­a­lista.
Subs­crevem a de­cla­ração os se­guintes par­tidos: Par­tido do Tra­balho da Áus­tria; Par­tido Co­mu­nista da Va­lónia / Bru­xelas: Par­tido do Tra­balho da Bél­gica; AKEL, Chipre; Par­tido Co­mu­nista da Boémia e Mo­rávia, Re­pú­blica Checa; Par­tido Co­mu­nista da Fin­lândia; Par­tido Co­mu­nista Alemão; Par­tido Co­mu­nista do Lu­xem­burgo; Novo Par­tido Co­mu­nista da Ho­landa; Par­tido Co­mu­nista da Po­lónia; Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês; Par­tido Co­mu­nista dos Povos da Es­panha; Co­mu­nistas da Ca­ta­lunha; União do Povo Ga­lego; Par­tido Co­mu­nista Ro­meno.




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