PCP interpela Governo sobre investimento nos serviços públicos

Cumprir o direito à saúde

O se­cre­tário de Es­tado Ad­junto e da Saúde afirmou no de­bate que a aposta do Go­verno é no in­ves­ti­mento nas pes­soas e nos pro­fis­si­o­nais de saúde do SNS. Pro­clamá-lo cai bem, mas não chega. É que isso tem de im­plicar, como ob­servou Carla Cruz, a «con­tra­tação de pro­fis­si­o­nais que fazem falta para que os cui­dados de saúde sejam pres­tados de forma atem­pada, para que se com­bata as listas de es­pera», uma vez que «há do­entes a aguardar há mais de dois anos por uma con­sulta», si­tu­ação que qua­li­ficou de «inad­mis­sível».

Antes, Bruno Dias cha­mara já a atenção para o quadro de sub­fi­nan­ci­a­mento cró­nico que há dé­cadas atinge o SNS, que leva à ca­rência de pro­fis­si­o­nais em vá­rias áreas, si­tu­ação que im­pede uma re­dução sig­ni­fi­ca­tiva dos tempos de es­pera, seja nas con­sultas de es­pe­ci­a­li­dade seja das ci­rur­gias.

Por isso Carla Cruz con­si­derou que in­vestir nas pes­soas e nos pro­fis­si­o­nais de saúde tem de sig­ni­ficar a aber­tura de «con­cursos para os recém-es­pe­ci­a­listas que há cerca de dez meses es­peram» por ele, é «com­bater a exis­tência de mé­dicos in­di­fe­ren­ci­ados».

Só assim, in­ves­tindo efec­ti­va­mente no SNS e nos seus pro­fis­si­o­nais, é que os do­entes, os utentes, podem ver ga­ran­tido o di­reito à saúde, «cum­prido o di­reito a ser­viços de qua­li­dade e atem­pa­da­mente», de­clarou Carla Cruz, que as­se­gurou ser este o com­pro­misso do PCP.




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