Semana de luta por Educação pública
ACÇÃO Na sexta-feira, 23, termina a semana de luta dos estudantes do Ensino Básico e Secundário. A autarquia da Golegã mandou arrancar propaganda política, denunciou a JCP.
Os cortes na Educação ainda não foram resolvidos
As acções, em todo o País, integram-se nas comemorações do Dia do Estudante (24 de Março), data que visa homenagear todos os estudantes que, na década de 60 (do século passado), «lutaram contra a opressão do regime fascista clamando por liberdade e pelo direito de reunião e associação», e aqueles que, desde então, «não baixaram os braços na defesa da escola pública», lê-se no apelo, lançado pela Associação de Estudantes (AE) da Escola Secundária Carlos Amarante, em Braga.
O documento foi subscrito por AE de Sintra, Loures, Lisboa, Faro, Olhão, Silves, Coimbra, Santarém, Barreiro, Guimarães, Braga, Viana do Castelo, Paredes, Beja e Açores, entre outras.
«Os cortes na Educação (que ainda não foram revertidos) apresentam consequências que são claramente visíveis de Norte a Sul do País», afirmam os estudantes, que estão contra a falta de funcionários e professores; a falta de investimentos na Acção Social Escolar; os preços hiperbólicos dos manuais escolares; a superlotação das turmas; a falta de dinheiro das escolas para garantirem aquecimento ou papel higiénico; o regime de faltas injusto para o Ensino Profissional; os custos dos estágios, que em muitos casos são assegurados pelos próprios estudantes; o atraso no pagamento dos subsídios.
Sem condições
Na Escola EB.2,3 e Secundária Mestre Martins Correia, na Golegã, estava marcada para ontem, 21, uma concentração frente aos portões da instituição. Para além da necessidade urgente de obras, os estudantes queixam-se de falta de aquecimento nos edifícios, do elevado preço dos livros e dos materiais na papelaria da escola, dos preços praticados no bar e da falta de condições no refeitório.
Neste concelho do distrito de Santarém, a Câmara Municipal obrigou os seus trabalhadores a retirar a propaganda política que anunciava o protesto marcado pelos estudantes da Mestre Martins Correia. Arrancados foram também materiais de afirmação da JCP no âmbito da campanha «Limitam-te? Luta! Juntos pela democracia nas escolas» e do Concurso de Bandas para o Palco Novos Valores da Festa do Avante!.
Em nota de imprensa, os jovens comunistas lembram que a afixação de propaganda política «é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa e na Lei».